Gravações - Repertório

As obras abaixo estão prontas e disponíveis para apresentações, concertos e recitais.


Nem todas as gravações foram atualizadas, portanto, algumas obras já possuem uma interpretação mais apurada.






Maiores informações, no Link Repertório e Downloads/Gravações

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Pianos Digitais - Parte 4 - A hora da escolha

Nos artigos anteriores, falamos sobre as formas de se gerar som em um piano digital, e alguns detalhes que devem ser observados, como a polifonia, modo de pedal, e a simulação de harmônicos. Vimos que estas informações são importantes, e elas devem reger a nossa escolhar, e servir como orientação para a aquisição do instrumento.


No mercado hoje, existem muitos pianos Digitais a venda, de diverças linhas e preços, cada um para um fim diferente. Existem pianos digitais voltados para bandas de rock, que terão toda uma gama de timbres, com função de sintetização de som, e também com sons sampleados, bem como, pianos mais clássicos, que podem ser usados em orquestras e para estudo. O grande segredo é saber escolher um piano que irá atender as suas necessidades, e normalmente, o vendedor não saberá lhe orientar quanto a isto.


Nível técnico

A primeira dica, é você ter conhecimento a cerca de si, e de seu nível técnico. Se você é iniciante, não precisará de um Clavinova topo de linha. Desembolsar 8000 a 18000 reais em um piano para alguém que está começando pode ser desnecessário.

Um piano mais caro possui uma manutenção mais cara, também deve-se levar em consideração que um piano mais caro, também é mais sofisticado e complexo de se lidar, talvez para um inciante não seja interessante que se "perca tempo" com este tipo de coisa, principalmente quando trata-se de uma criança ou adolescente.

Neste caso, 90% dos pianos de marcas respeitadas, de entrada de linha seriam suficientes, e devem acompanhar os estudos até um nível médio e inclusive avançado.


Uso

Yamaha P95
Outro fator que deve nortear a compra é o tipo de uso que este instrumento terá. Hoje é mais comum as pessoas estudarem "piano popular", e normalmente estas pessoas terão a necessidade de carregar o instrumento. Desta forma um Clavinova clássico não seria uma boa escolha, poi é um piano maior, mais pesado e desajeitado para ser carregado. (O Yamaha P95 é um piano portável)

Outro detalhe, como informei, é que existem linhas de pianos mais "pop" e linhas mais "classicas". Alguns fabricantes, possuem pianos mais versáteis, que além de possuir alguns sons de piano sampleados, de boa qualidade, possuem uma infidade de sons sintetizados, que podem ser utilizados para fins diversos.

Estes pianos são utilizados normalmente por tecladistas de bandas, que querem e necessitam de um instrumento mais completo, que lhe de mais possibilidades de criação. Nestas linhas, podemos lembrar dos pianos da Kurzwell, Cassio e Roland.

Roland A90

Kurzweil SP88X




Qualidade do sons

Se você está comprando um piano digital para utilizar apenas o som de piano, como eu, dê preferência as linhas mais clássicas. Existem pianos digitais portáveis de ótima qualidade nestas linhas, que podem ser úteis para quem faz muito uso externo (pequenas apresentações e etc).
Normalmente pianos que possuem uma gama muito grande de sons, peca na qualidade dos sons de piano. Não chega ser tão "ruim" quanto um teclado comum, mas também não é tão bom quanto poderia ser. O ideal é que você verifique as especificações do piano, e observe como o som dele é gerado.

Lembre-se, som de piano de qualidade, hoje, é som sampleado. Quanto maior o número de amostras, melhor. Outra dica que deve ser observada, é a capacidade de processar harmônicos. Apesar de ser apenas um detalhe, faz toda a diferença se você for utilizar o piano para fazer alguma gravação (eu que o diga). Basicamente, a capacidade de processar harmônicos dará maior profundidade ao som (ele ficará mais cheio). Quando você "tocar" um "fortícimo" num piano com suporte a harmônicos, você obterá um som muito mais realista no que em pianos sem este suporte.

Portanto, fique de olho na forma que o instrumento gera seus sons, e lembre-se que pianos mais bartos com uma quantidade muito grande de sons, tendem a ter menor qualidade neste quesito, afinal, não da para fazer milagre.


Custo x Benefício

O custo x benefício deve ser medido não diretamente pelo preço, mas sim, em comparação com tudo o que foi exposto anteriormente.

Por exemplo:

Um Casio Privia px130, custa em média 2000 reais, e suas especificações são relativamente boas.

- Som sampleado, com 3 exemplos por nota
- Portável, por possui movel simplificado
- Amplificador embutido, com som estereo
- Teclado com suporte ao Grand Hammer (simula o efeito dos martelos)

Para um iniciante, ou estudante de nível médio, este poderia ser o melhor custo x benefício. Por ser um piano barato, e de qualidade, trazendo sons Sampleados com três amostras.


Já, para um estudante de nível médio - avançado, talvez o ideal não seja um piano destes, mas sim Clavinova CLP 340 ou CVP 501/503, que estão na faixa dos 5000 a 9000 reais, e possuem suporte a harmônicos e todas as demais features comentadas nos posts anteriores.

CVP501
- Som sampleado, com 5 exemplos por nota
- Amplificador com quatro canais
- Teclado com suporte a Grand Hammer
- Suporte a harmônicos / DDE
- Suporte avançado a gravação (gravação multipista, inclusive, diretamente em wave/mp3)
- Suporte a ajustes de pedal (como nas versões clp 3XX)


CLP265GP
Para concertos, ou mesmo para quem tem mais dinheiro para investir, pode-se ainda optar por um Yamaha CLP 265GP, que é um piano que simula pianos de cauda topo de linha, produzindo sons de extrema fidelidade, e inclusive simulando a ação de martelos destes pianos, através do Grand Hammer 3. Este tipo de piano normalmente é utilizado com orquestras (devido a facilidade de transporte), ou em algumas salas de concerto específicas (pois ainda existe resistência no uso de pianos digitais em concertos).

Fuja dos chineses

Fuja, como o diabo foje da cruz, dos pianos Chineses de baixa qualidade, como os Fenix e companhia. São baratos, mas são uma grande ilusão. Não me lembro de ter visto algum que seja sampleado, no fim você paga caro (3000 reais num modelo que imita o Clavinova) e obtém um instrumento que nem sabe como gera os sons, sem falar que a qualidade do teclado é terrível. Como falei noutro post, tive um Fenix, e o teclado Grand Hammer dele estragou 2 vezes. Portanto, antes de pagar 2000 a 3000 reais num piano chinês, de uma olhada nas marcas já consagradas, como a Roland, Yamaha, Kawai, Cássio e Kurzweil.


Espero que estas dicas possam auxiliar na compra/escolha de um piano digital adequado. Qualquer dúvida, podem postar nos comentários.


Artigos anteriores


Pianos Digitais Parte 1 - Sintetizador e Som
Pianos Digitais Parte 2 - Sampler
Pianos Digitais Parte 3 - Polifonia, Pedal e Harmônicos / DDE


Algumas refências:

http://www.priviapiano.com/
http://yamahaclavinova.com/
http://roland.com.br/

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Atualização da grade de estudos

Já fazia mais de um mês que não atualizava a grade de estudos. Apesar de ter dado algum andamento aos estudos, acabei não achando tempo para fazer isto.

Várias coisas foram alteradas. Dentre elas, removi duas obras que estavam em estudo, pois estou com  pouco tempo para dar continuidade, são elas:


  • Jesus Alegria dos Homens de Bach (redução para piano e Myra Hass)
  • Valsa Op 64 n2 de Chopin


Resolvi retirar estas duas obras, pois o meu tempo anda escasso, e resolvi priorizar o termino das Sonatas de Beethoven, que são obras mais complexas e mais longas.

Sendo assim, o 2° movimento da sonata n20 está praticamente acabado. Logo devo grava-lo, finalizando assim esta sonata. O 2° movimento da sonata n10 está sendo lido.

Neste próximo mês pretendo fechar um pequeno repertorio, e fechar esta grade de estudos. A ideia é até o meio de julho ter concluído o 2° movimento de ambas as sonatas, a invenção n4 de Bach e o estudo op 10 n12 de Chopin.

Na segunda quinzena de Julho, pretendo dedicar-me a estudar a musicalidade destas obras, deixa-las mais polidas e corrigir o que puder de erros, pois em agosto, quando irei tirar minhas férias, pretendo fazer algumas aulas em Porto Alegre (mais detalhes quando tiver as aulas marcadas).


Portanto, neste momento, meu objetivo é focar-me em concluir o que comecei e foi sendo "incrementado" nos últimos 4 meses.

Já consegui retornar boa parte do nível técnico que tinha antigamente, a leitura tem melhorado pouco-a-pouco, e este é o momento de finalizar esta grade, afinal de contas, ir atualizando ela em "pedaços", traz um sentimento de "nunca acaba", o que em alguns momentos não é legal e torna-se desgastante.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Pianos Digitais - Parte 3 - Polifonia, Pedal e Harmônicos/DDE

Nos primeiros posts, falei sobre "Sintetização de som" e "Sampleamento". Duas formas distintas de se gerar som, utilizados em pianos digitais (e inclusive, outros instrumentos digitais). Com o conhecimento a cerca destas duas formas principais de geração de som, podemos assim entender melhor como um Piano Digital funciona, e guiar melhor nossas escolhas.

Porém, pianos digitais topo de linha possuem mais características importantes, que vém a somar a qualidade de som do mesmo, trazendo mais realismo, e uma sensação de se estar tocando em um instrumento real.


Polifonia

Este é um assunto delicado. A maiora das pessoas, não entende o que significa este dado em um instruento digital. Temos a idéia de polifonia, proveniente da música, onde "poli", significa "muitas", e "fonia", vozes.

Ou seja, polifonia, significa, o numero de vozes que são tocadas simultaneamente, em uma música.

Por exemplo:

Inventio 13


No trecho acima, você pode perceber claramente que teremos duas vozes sendo executadas ao mesmo tempo. Ou seja, precisamos de uma polifonia de 2 vozes, para que a obra possa ser tocada, mas sem o uso de pedal. Ao passar para cada nota, anterior deve ser desligada, desta forma, mantendo-se apenas duas vozes em curso.

Musicalmente falando, temos 2 vozes, porém, digitalmente falando, dependerá da forma que a música será executada.

Para entender melhor, vejamos o próximo exemplo:





Neste trecho, da Sonata n10 de Beethoven, podemos perceber que a polifonia é maior. Para entender corretamente o que significa a polifonia e um instrumento digital, devemos simplesmente "esquecer" parte do que temos como "polifonia" em teoria musical. Em música, cada uma das notas executadas simultaneamente na partitura, é uma voz, porém, para um instrumento digital, esta informação ainda é estrapolada.

Observe a parte em laranja. Você diria que este trecho, demandaria apenas "uma voz de polifonia". O trecho em vermelho, demandaria "3 vozes de polifonia". Juntando os dois compaços, teriamos, na realidade 4 vozes de polifonia, correto? Certo, musicalmente, perfeito. Mas para um piano digital, a coisa é mais complicada por causa do pedal de Sustein.

Ao precionar o pedal de Sustein, durante os dois compassos, todas as notas ficam prezas. Desta forma, é como se todas as notas fossem contraponteadas, e fossem uma voz independente, até o que o pedal seja solto, ou a mesma se "estingua" naturalmente.

Ou seja, no nosso trecho analisado, não teremos 4 vozes. Para um piano digital, teremos 9 vozes (caso seja usado pedal).

Neste caso, a quantidade de vozes que um piano digital possui, esta ligado diretamente a quantidade de notas que ele consegue manter processando, simultaneamente, seja esta precionada no teclado, ou "segurada" pelo pedal.

Acima, um vídeo que encontrei no YouTube. Ele demonstra a progressão das vozes em barras animadas no canto superior esquerdo, o pianista executando a obra, e a partitura em curso. Podem notar que cada cor, nas barras em andamento é uma voz em curso. Neste caso, o piano digital precisa ter a capacidade de processar cada uma destas vozes separadamente. Caso existi-se pedal, as vozes ficariam presas, sendo assim acumulando mais vozes para serem processadas pelo processador de som do piano, da mesma forma que ocorre quando o pianista segura uma nota em um contraponto.

Então, isto significa que, quanto maior o número de vozes que o instrumento consegue processar, melhor. Porém, sem exageiros.

A quantidade de vozes que um piano digital processa, tem sim seu valor, mas chega num ponto que passa a ser mais marketing do que funcionalidade (para a maioria dos estudantes de piano, é claro).
A não ser que você utilize vários sons simultaneamente, ou execute uma obra para piano e orquestra nos bancos de memória do piano (para estudar, por exemplo), até mesmo 64 vozes são suficientes para 90% das músicas de repertório erudito. Você não irá notar notas sendo desligadas antes do tempo caso utilize apenas um som, a não ser que seu nível técnico seja tamanho, para executar obras dificílimas. Neste caso, possivelmente você seja profissional, e possa investir em um instrumento melhor.

OBS: No momento que escrevo, não existem mais pianos digitais com menos de 128 vozes no mercado.
Update - 02/02/2016: O mercado foi inundado por pianos chineses, de baixa qualidade, o que fez com que fabricantes como a Yamaha, Roland e Korg voltassem atrás e relançassem pianos com 64 vozes ou até menos, como alguns modelos de 48, 32 e 24 vozes. A Casio fez o mesmo, lançando modelos de 60 e 48 vozes na linha Privia. 


Pedal

O pedal é importantíssimo para o Pianista. O principal pedal, o de Sustein, é utilizado na maior parte das obras para piano, afim de deixar a música mais bem acabada e bela. Portanto, um bom pedal, é indispensável para o estudo. (Não irei abordar os demais pedais, pois estes são menos utilizados.)


Você deve estar se perguntando. Mas o que tem de tão especial no pedal? Ele apenas precisa "segurar" as notas, a partir do momento em que ele é precionado.

Realmente, sua função é simples, porém, em um piano acústico, o pedal lhe proporciona mais do que simplesmente a suspensão das notas (segura-las ou não). Em um piano acústico temos uma região, entre a suspensão completa, e o abafamento. Esta região pode ser utilizada pelo pianista em algumas obras, em especial, em algumas sonatas de Beethoven, onde a suspensão completa deixaria alguns trechos embolados.

Para que isto seja possível, o piano deve possuir esta capacidade. Portanto, vale a pena conferir o manual, e ter certeza que a função está disponível antes de adquirir o instrumento.


DDE e Harmônicos

Basicamente, o DDE, é o nome dado pela Yamaha para a capacidade de processar os Harmônicos, em seu Hardware. Os pianos de entrada de linha da Yamaha não possuem essa capacidade.

Ao precionar uma tecla no piano, um martelo "bate" em uma corda, e esta vibra, criando assim o som que escutamos. Estas vibrações percorrem toda a arpa do piano. Sendo assim, não escutamos apenas as frequências que formam a nota, mas também toda uma gama de frequências. Estas, seriam as frequencias harmônicas.

As frequencias harmônicas básicas estão presentes em todos os modelos, pois são elas que definem o som do instrumento. Porém, ao precionar o pedal de Sustein em um piano, aparecem mais harmônicos, pois todas as demais cordas do piano vibram junto com a corda, cuja tecla foi pressionada, deixando assim, um som mais encorpado. Além deste efeito, existe um segundo efeito mais sutil, chamado "freqüência de ressonância". Esta também deve estar presente nos pianos digitais mais caros. Trata-se de uma freqüência a qual o piano responde, ou ainda, uma freqüência a qual todo o piano irá "vibrar junto". Isto varia de instrumento para instrumento, e tem a ver com o material que ele é feito, desde a madeira, à liga metálica que compõe a arpa.

Desta forma, o DDE, seria uma amostra destes harmônicos, que gera uma maior profundidade no som, quando o Sustein é precionado. É um efeito interessante, que aumenta sensivelmente a qualidade final do que você ouve, deixando o som mais belo e realista.


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domingo, 19 de junho de 2011

Aniversário do grupo de Jovens com apresentação do Coral

Neste último sábado, dia 18 de junho de 2011, foi comemorado os 82 anos do grupo de jovens da Comunidade Evangelica Luterana São Paulo de Novo Hamburgo.

A comemoração envolveu um grande número de jovens, que se reuniram para fazer um culto diferenciado, ao som de vários violões, percussão e piano (tocado em teclado).

Além da participação direta dos jovens, houve particiação do grupo coral da comunidade, que executou duas obras:

  • Salmo 142 (musicado)
  • Mensagem Real


A primeira obra, teve acompanhamento ao piano, realizado por Josias Diego Martins, sob regência da regente Camila Nerbas.

Quem quiser conferir uma "ponta" da apresentação, segue um vídeo abaixo. Porém, não está completo, pois infelizmente acabou a pilha da câmera.


quarta-feira, 15 de junho de 2011

Concerto OSPA 2011 - Novo Hamburgo


Na última terça-feira, dia 14 de junho de 2011, ocorreu um concerto da OSPA em Novo Hamburgo, que estava previsto em sua tourné pelas cidades do interior do estado (leia-se interior, qualquer cidade que não seja a capital hehe). A OSPA, todos os anos faz uma série de concertos pelo estado, afim de contribuir para  democratização da cultura e da música erudita, são diversos concertos efetuados neste molde, com reportório que mescla obras que já caíram no gosto popular, com obras desconhecidas da maioria da população.

Quem quiser verificar a agenda da Orquestra Sinfonia de Porto Alegre, pode acessar o link abaixo:

Programação OSPA 2011

Vale a pena conferir. Por hora, estão lançados apenas os concertos oficiais, e aqueles que devem ocorrer no salão de atos da UFRGS, que atualmente é o palco "oficial" da Sinfônica. 


Na realidade eu e minha esposa não planejávamos ir a este concerto devido a sua localização. Normalmente a OSPA apresenta-se na Catedral da Igreja Católica do Centro (Matriz), cujo espaço comporta confortavelmente a Sinfônica e um grande público, além de possuir uma ótima acústica para este tipo de evento, porém, desta vez o concerto foi em um dos bairros, o que dificultava o deslocamento para quem não possui veículo próprio.

Felizmente, durante o ensaio do Coral, a esposa do Pastor Edgar, comentou que eles estavam querendo "fugir mais cedo" do coral para assistir ao concerto, e sabendo que nos interessávamos por estes concertos, convidou-nos para ir junto. É claro que esquecemos o cançasso do dia corrido de trabalho, e prontamente aceitamos o convite.

Infelizmente, por não ter me programado para ir ao concerto, não possuía câmera digital comigo para tirar fotos e gravar a apresentação. Então, teremos de nos contentar com a gravação de qualidade pífia do meu celular xing ling.



O Concerto

O concerto teve início as 20:30, como programado. Infelizmente chegamos atrasados, devido ao ensaio do coral. Quando chegamos, estavam terminando a Abertura das Bodas de Figaro. Infelizmente não consegui escutar a execução desta obra.



Este ano, fomos brindados com o repertório abaixo:

  • Abertura das Bodas de Figaro - Mozart
  • Sonho de uma noite de verão - Mendelssohn
  • Sinfonia n° 5 - Schubert



A regência esteve a cargo do Maestro Garcia, considerado um grande Maestro latino-americano, que está fazendo uma breve tourné com a OSPA.
Sua regência mostrou-se magnífica e ao mesmo tempo irreverente. Fazia algum tempo que não via um Maestro neste estilo, alguns momentos ele parecia "brincar" com a orquestra e as obras.

Assistir a apresentação de uma orquestra Sinfônica do nível da OSPA é sempre magnífico. Dificilmente acaba-se saindo decepcionado, pois a qualidade dos maestros convidados (e dos maestros titulares da orquestra) bem como do corpo de músicos é muito grande, e isto com certeza transparece na execução.


Segue o vídeo, como informei, gravado do meu celular:




OBS: A gravação foi efetuada ao final do concerto. A plateia solicitou a re-execução da Marcha Nupcial (Sonho de uma noite de verão - 4º Movimento). Esta execução foi "resumida", a orquestra não executou as repetições que existem na partitura.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Errata - Nova Gravação

Acabo de efetuar uma correção no link para Download da Sonata n10 de Beethoven, que foi publicada recentemente. O link apontava (incorretamente) para a Sonata n20, e não para a n10.

Nova Gravação - 1° Movimento da Sonata n° 10 de Beethoven

Já faz algum tempo que não posto novas gravações. Na realidade a última gravação "inédita", até a presente data, foi um Noturno de Chopin, disponibilizada no dia 1º de Maio. Após este dia ainda havia disponibilizado uma regravação da Sonata n° 20 de Beethoven (1° Movimento).

Após um mês de trabalho (na realidade, um mês bem capenga), venho diponibilizar o 1° Movimento da Sonata n° 10 de Beethoven.

Já aviso que, na realidade trata-se de um "esboço" do que ela deve ficar. A obra ainda não esta devidamente acabada. Faltam algumas "arestas" a serem aparadas, o que devo comentar num próximo post de análise desta gravação.

Quem quiser conferir a nova gravação, pode acessar através da seção de Downloads - Gravações, ou clicando no link abaixo:



Devo refazer esta gravação, assim que o segundo movimento dela estiver pronto. Com certeza, nesta altura a obra estará muito mais madura.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

O inicio do declínio

Permaneci sobre orientação da Professora Iara Rick até meados de 2007, onde devido a falta de tempo por causa dos estudos e trabalho, bem como novas dificuldades em continuar evoluindo, acabei por sai da escola de música.

Desta vez, resolvi tentar algo diferente: Organizar meus estudos por conta própria, pegando dicas de conhecidos.

Acreditava que seria possível dar continuidade, o tempo era reduzido e ficava cada vez mais difícil ir as aulas, isso quando conseguia ir.

Nesta época, comprei meu piano digital Yamaha Clavinova, pois precisava de um instrumento de maior qualidade para estudar. Meu piano acústico estava novamente com cupins, e necessitava, além de uma nova descupinização, de uma reforma geral na parte mecânica, sem falar nos problemas de desgaste da arpa, que faziam com que ele desafinasse facilmente.

Nesta época, "conheci" um pianista prodígio, de Porto Alegre, que me adicionara no Orkut, por ter-me visto na lista de amigos do Jessé, que era seu colega universitario. Digo, "conheci" entre aspas, pois o único contato que tive com ele foi através da internet, por MSN.

Foi assim que conheci o prodígio Josias Matschulat, ganhador de inúmeros concursos, e que inclusive recebeu propostas de estudo na Europa.

Nesta época, sem orientação formal, foi este pianista que me passou muitas dicas, principalmente referente a  reportório que pudesse estar no meu nível técnico para estudo.

Consegui manter o ritmo por aproximadamente 1 ano, porém  logo  começou o desgaste devido as dificuldades técnicas, que por falta de experiência de minha parte, tornavam-se cada dia que passava mais difíceis de serem transpostas.

Neste ponto, comecei a desligar-me do piano. Não estudava mais com frequência. O desenvolvimento técnico não existia, e basicamente, minha relação com o instrumento era apenas para tocar musicas simples para o culto e com o grupo de jovens.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Pianos Digitais - Parte 2 - Sampler

Dando continuidade a sequência de artigos sobre pianos digitais, neste post irei abordar como funciona, e o que é um Sampler.

No artigo anterior, falamos sobre Sintetizadores de Som, e como eles funcionam. É importante saber alguns destes detalhes, na hora de escolher o instrumento, pois isto faz toda a diferença na qualidade final do som que você irá ouvir ao pressionar uma tecla.

Recapitulando:

Existem duas formas básicas para gerar som a saber: Sintetizando, e com Amostras, através de um Sampler.

O som sintetizado é gerado diretamente via Hardware, por um processador de som, totalmente digital. Sendo assim, o sintetizador cria sons com base em modelos computacionais e equações que descrevem um determinado tipo de som. E este, por sua vez, acaba sendo apenas uma aproximação do som real do instrumento que está sintetizando.


Amostragem de Som e o Sampler

Um sampler, já é o contrário do sintetizador. Enquanto o sintetizador gera os sons com base em equações, o sampler irá gerar este som com base em amostras de instrumentos reais.

Neste caso, são gravadas amostras de som, de cada nota do piano. As amostras são tratadas e selecionadas, para depois serem utilizadas em um hardware especificamente projetado para esta tarefa.

Estas amostras devem possuir características especificas. Pianos digitais topo de linha e mais modernos, possuem ao menos 10 amostras de som por tecla/nota. Cada amostra define uma dinâmica ou estado diferente da nota.

Por exemplo:


  • Amostra 1 - Pressiona-se uma tecla, gerando um som "PPP" (pianíssimo) com pedal de sustein solto
  • Amostra 2 - Pressiona-se uma tecla, gerando um som "PPP" (pianíssimo) com pedal de sustein pressionado


Ambas as amostras são capturadas até que o som seja "estinguido" por conta própria.

A primeira amostra, é a amostra básica. Nesta, deve soar apenas a nota em questão, pois as demais estão presas.
Na segunda amostra, teremos capturados juntos os harmônicos do piano. A Yamaha chama esta amostra de DDE.

Pois bem, então temos uma amostra para cada dinâmica básica (PPP, PP, P, F, FF e FFF) e mais o DDE, nos pianos topo de linha, chegando assim a 12 amostras, no total.

Existem ainda as dinâmicas intermediárias, como o mF (Mezzo Forte), por exemplo, e toda a infinidade de possibilidade dinâmicas quando vocês está executando/interpretando um crescendo em um trecho de uma obra.

Estas dinâmicas, por sua vez, são geradas através de interpolação.

A interpolação, é feita com equações matemáticas, e serve para que você consiga encontrar um determinado valor que você não possui, dentro de uma sequência numérica.

Por exemplo:

Você possui a sequência numérica: 1, 2, 3, 4, 6, 7, 8, 9, 10
Uma interpolação simples, diria que entre o 4 e o 6, teríamos o número 5.

Existem diversas equações para interpolação. Não vou entrar em detalhes, pois isto é coisa para cadeiras de Cálculo Numérico, visto em cursos superiores. Mas quem quiser saber a respeito, pode ler o artigo da Wikipedia sobre interpolação.

A idéia aqui é simples. Ao precionar a tecla mais forte, você teria mais intencidade nas vibrações das cordas. Digamos que você precione a tecla para algo que seria um Mezzo Forte. Não existe amostra para um Mezzo Forte, mas existe para o Piano e o Forte. Neste caso, o processador de som irá efetuar uma interpolação de todas as frequências para gerar o Mezzo Forte (som resultante).

Softwares

Existem ainda, Samplers via Software, que você pode utilizar em seu computador.
VSampler. Software Sampler para PC
Um deles, que eu já utilizei no Linux, é o linux-sampler. Estes software utilizam amostras, que você pode comprar ou fazer download na internet, para gerar áudio. Neste caso, você pode executar um MIDI através do Software, ou mesmo utilizar as entradas MIDI para processar em tempo real os sinais MIDI enviados por um console (piano digital).

Amostras de alta fidelidade, podem chegar a mais de 1GB. Sendo relativamente pesadas para serem processadas. Por isto, normalmente equipamentos topo de linha que atuam somente como Samplers, são caros.

Sampler e a fidelidade.

Devido ao sampler utilizar-se de amostras de som, podemos dizer que ele passa a ser tão fiel quanto um piano acústico de verdade, ou quanto os microfones utilizados na captura das amostras permitirem.

É claro que a qualidade do som, e a fidelidade irá mudar de instrumento para instrumento, e principalmente, conforme o número de amostras que ele possui para processar o som. Quanto mais amostras, mais fiel será o som, e maior a amplitude dinâmica do instrumento.


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