Gravações - Repertório

As obras abaixo estão prontas e disponíveis para apresentações, concertos e recitais.


Nem todas as gravações foram atualizadas, portanto, algumas obras já possuem uma interpretação mais apurada.






Maiores informações, no Link Repertório e Downloads/Gravações

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Sonata n32 - Serkin

Rudolf Serkin, foi um grande pianista Austro-Hungaro, nascido em 1903. Considerado um grande pianista, possui um estilo único e inconfundível. Suas interpretações, principalmente da obra de Beethoven, são densas e incisivas. Particularmente gosto muito das interpretações de Serkin acerca da obra de Beethoven, principalmente.



Abaixo, execução da sonata n32 de Beethoven:


quarta-feira, 18 de abril de 2012

Uma passada pelo contra-baixo elétrico


Como mencionei anteriormente, cheguei a ser contra-baixista em uma banda de rock gospel. Na época eu nunca havia tentado tocar violão ou mesmo o contra-baixo, e acabou sendo uma oportunidade para aprender.

Basicamente comecei a estudar escalas e arpeggios em um violão, para pegar a tecnica necessária. Levei uma semana, na época, para decorar a posição das notas e conseguir alguma agilidade. Desta forma, logo já estava tocando com a banda e ensaiando.


Os instrumentos

O primeiro contra-baixo que utilizei foi um Samick, igual ao da foto abaixo:




Este contra-baixo (não o da foto) pertencia ao Tiago Oliveira, guitarrista e vocalista da banda. O contra-baixo tinha uma boa pegada, porém o som era muito metalizado ao abrir o brilho, e muito abafado ao fecha-lo, embolando em músicas mais ao estilo Rock/Metal.

Logo mostrou-se limitado para o estilo da banda, e acabei adquirindo um Squier Precision Bass (linha de baixo custo da Fender).


O Squier já tinha um som melhor. Mesmo sem o brilho ele não apresentava um som tão abafado, e ao abrir o brilho o som não se mostrava tão metalisado quanto o Samick, porem, comecei a perceber outros problemas: Ruídos.

Primeiro problema com ruídos foi devido ao isolamento das cavidades internas, os condutores elétricos que iam aos captadores não possuíam um bom isolamento, o que os deixavam totalmente desprotegidos para toda a sorte de onda magnética provenientes de quaisquer fonte ao redor (como microfones sem fio FM, lâmpadas com reator, as próprias caixas acústicas e por ai vai). A solução foi desmontar todo o contra-baixo e preencher as cavidades com folhas de alumínio, criando assim uma gaiola de faraday improvisada. Isto resolveu 90% do problema!


O outro problema residia na baia qualidade dos captadores. Ao fazer um slap, ele captava junto o ruido da "pancada" no braço do contra-baixo. Isso ocorre devido a baixa qualidade do captador, este tipo de ruído não é desejável, e podemos perceber que em instrumentos melhores ele não aparece.


 Desta forma acabei adquirindo um novo instrumento, um Côndor XB24A (ativo).

Este Côndor eu possuo até hoje. Tem pouco uso, está praticamente novinho. Comprei numa época que estavamos investindo na banda, em busca de maior qualidade sonora. O som deste contra-baixo era muito superior ao outro. Mesmo com brilho no mínimo ele não embolava o som, com o brilho no máximo, gerava um som bem definido e captava poucos ruídos. Porém, poucos meses depois a banda terminou e o contra-baixo ficou "encostado" em minha casa!



segunda-feira, 16 de abril de 2012

Formação de acordes - Parte 1

Nesta sequencia de artigos, irei abordar de forma didática como construir e formar acordes. A ideia é que você possa saber como montar um acorde sem a necessidade de recorrer a uma lista, ou decora-los.


Vantagens de saber construir um acorde

Uma das principais vantagens, é simplesmente não precisar decora-los. Pense na quantidade de acordes que podem existir. São 7 notas fundamentais, mais seus acidentes (sustenido e bemol). A partir deste ponto, cada nota poderá formar acordes maiores, menores, diminutos, aumentados, com sexta, sétima e etc. Ou seja, é muita coisa para decorar, e ainda precisamos saber como inverter estes acordes. Portanto, saber construir um acordo com base na tônica, torna-se mais cômodo e fácil.


Tônica

Como o próprio nome diz, tônica é a nota fundamental, que da nome ao tom. Sendo assim, a tônica de dó maior, é a nota dó, e a tônica de ré menor é a nota ré.

Tons e Semitons

Antes de qualquer coisa, precisamos entender o que sãos tons e semi-tons.


  • Semitom: É o menor intervalo entre notas existente no sistema temperado. Ou seja, entre cada tecla do teclado, existe um semi-tom (ou meio tom) de distância. lembre-se, as teclas pretas também são teclas.
  • Tom: É o intervalo de 1 tom, ou seja, somando-se dois semi-tons, você obterá um tom.

Na imagem abaixo, fica exemplificado isto diretamente no teclado:


Em preto, temos desenhado o que seria um intervalo de  meio tom (semitom).
Em vermelho, temos desenhado o que seria um intervalo de um tom (tom).


Observe que entre DÓ e Dó Sustenido (tecla preta após o Dó) teremos um intervalo de meio tom, e entre Dó e Ré, teremos um intervale de um tom.

Porém, seguindo nossa escala, temos dois espaços no teclado que não possuem tecla preta, que são Mi e Fá, Si e Dó. Estes espaços são acidentes naturais, entre Mi e Fá, Si e Dó, temos naturalmente meio tom. Como demonstrado abaixo:

T = TOM
ST= Semitom/Meio Tom

Intervalos

Agora que sabemos definir o que é tom e o que é semitom no teclado, podemos definir alguns intervalos.

  • 3ª Menor: Um intervalo de terça menor deve possui 1,5 tons (1 tom e meio).
    • exemplo: Dó - Mi Bemol
  • 3ª Maior: Um intervalo de terça maior deve possuir 2 tons
    • exemplo: Dó - Mi
  • 5ª Menor: Um intervalo de quinta menor deve possuir 3 tons
    • exemplo: Dó - Sol Bemol
  • 5ª Maior: Um intervalo de quinta maior deve possuir 3,5 tons (3 tons e meio).
    • exemplo: Dó - Sol

Abaixo, os exemplos anteriores plotados na pauta:



No próximo artigo, irei abordar a formação de acordes maiores e menores, com base no que vimos neste primeiro artigo.

sábado, 14 de abril de 2012

Janusz Olejniczak - Noturno C#m Op 27 n1


Este noturno é um dos mais belos de Chopin, e consta atualmente no meu repertório. É claro, obviamente eu não tenho o talento que Janusz possui.

Janusz Olejniczak figura entre os maiores interpretes da obra de Chopin, já foi premiado no concurso Chopin de Varsóvia, e inclusive participou de filmes sobre a obra de chopin e fez dublagem de mãos em vários filmes de Holliwood, com destaque para o filme O Pianista.



Abaixo, na minha opinião, a melhor interpretação do Noturno C#m Op 27 n1 de Chopin:



sexta-feira, 13 de abril de 2012

Andamento das aulas de teclado

Quem acompanha o blog, deve ter lido que fui convidado a dar aulas de teclado este ano na comunidade São Paulo (IELB), afim de auxiliar no projeto de musicalização que a igreja vem promovendo.

A experiência em dar aulas tem sido muito interessante, e posso dizer que estou gostando. É legal ver os alunos evoluindo, e principalmente perceber a realidade de cada aluno, e perceber que cada aluno possui um perfil diferente, sendo necessário desenvolver um trabalho diferente com cada um.



Perfis dos alunos


Basicamente eu percebi três perfis diferentes.

  • Aluno iniciante
  • Aluno com conhecimento teórico, mas sem técnica
  • Aluno com técnica, mas baixo conhecimento teórico

Normalmente, os alunos iniciantes são mais fáceis de se lidar, pois você precisa desenvolver o conhecimento aos poucos, e estes não possuem vícios para serem corrigidos. Um dos alunos tem demonstrado uma evolução muito rápida, inclusive. Já, o aluno com conhecimento teórico prévio torna-se um pequeno desafio, justamente por "querer sair tocando" mas ainda não possuir conhecimento técnico para isto, e o terceiro caso, o aluno que possui baixo conhecimento teórico, mas já toca, torna-se um desafio maior, e justamente deste que rei falar um pouco.


Conhecimento teórico X prático

Para se executar satisfatoriamente uma obra, é necessário ao menos, conhecimento teórico em equilíbrio com nível técnico. Exercícios técnicos e um bom conhecimento em teoria musical, aliada a uma leitura de notas bem "regulada" com o nível técnico, são imprescindíveis para o bom desenvolvimento do estudante de música. Normalmente aqueles que estudam de forma autodidata possuem dificuldades em algum destes pontos, e nisto, eu me incluo.

Quando comecei a dar aulas e peguei alguns casos como este, logo lembrei-me de mim (redundante, sim) a alguns anos atrás. Possuía um grande nível técnico ao ponto de executar estudos de Chopin, mas meu conhecimento teórico e a leitura de notas eram pífios e não estavam em sintonia com nível técnico. Isto é um perigo, e deve ser corrigido, junto com os demais vícios. 

Como todos os meus alunos são iniciantes, isto pode ser facilmente aprimorado, e já temos tido bons resultados com os exercícios que foram passados. Num próximo post, irei relatar um pouco do método utilizado com cada perfil de aluno, e quem sabe no futuro, passo algumas dicas de como resolver alguns tipos de vícios e como aperfeiçoar pontos que estão fracos (se conseguir fazer um bom trabalho, é claro hehe).

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Insônia - Uma oportunidade para estudar

A insônia é um problema que afeta em média, 25% dos adultos. Um dos principais fatores que causam a insônia é ansiedade, agravada pelo corre-corre do mundo moderno e pelas cobranças. Notas na faculdade, metas no trabalho, tempo para a família, tudo isto geram preocupações que podem se tornar ansiedade e levar a pessoa a um quadro de insônia. Você literalmente, não consegue pregar o olho.

Eu tenho muito problema com insônia. Faziam meses que não sentia na pele a dificuldade de dormir, acho que ainda estava com a mente em ritmo de férias, porém bastou iniciarem as provas e trabalhos acadêmicos que esta velha e infame companheira volta a atormentar minhas noites. Desde cálculo a circuitos elétricos, tudo se passa na mente de quem tenta acalmar-se e dormir. Quando você consegue aquietar a mente, vontade de ir ao banheiro, e o ciclo reinicia.

A noite passada foi o episodio mais recente. Conclui uma prova de estatística e retornei para casa quase uma hora antes do termino da aula, achando que poderia descansar um pouco. Quem disse que conseguia dormir? Já era 1 hora da manhã, quando desisti de lutar contra a falta de sono, munido de meus fones de ouvido fui ao Clavinova tocar Bach.



Transformando a insonia na amiga dos seus estudos, e acabando com ela!

Interessante como uma aula de teoria eletromagnetica tem o poder de transporta-lo para uma rede, em uma praia paradisíaca, sendo embalado pelo vendo que bate nas palmeiras, junto com uma canção leve e calma ao fundo. Por mais que queira ficar acordado, você sente muito sono, mas o que causa isso?

Simplesmente o fato de você precisar prestar atenção em tantos detalhes, e não poder desviar o olhar por um segundo sequer, causa um desgaste e um estresse  muito grande em sua mente. Este estresse por sua vez, é que faz o sono vir. Afinal, concentração extrema ligado a atividade intelectual cansa, e a única forma de repor a energia gasta é dormindo.

Portanto, ótima forma de você acabar com a insônia é estudando, seja cálculo, história, ou mesmo música. Eu escolhi a música, pois o simples fato de ler obras contraponteadas já estressante, junto isto a um andamento muito lento para conseguir ler corretamente as notas, e ao fato deste tipo de música relaxar, o sono retorna como se você tivesse tomado um comprimido de roypnol.

Portanto, fica a dica. Em noites de insônia, leia a primeira vista algumas obras de Bach, bem devagar.

domingo, 1 de abril de 2012

Raphael Rabello e Radamés Gnattali

Hoje acesso o Facebook, e vejo no mural de uma amiga violinista este magnífico vídeo. Um raríssimo concerto de Gnatalli executando choros ao piano com acompanhamento de violão por Raphael Rabello.


Gnatalli


Radamés Gnattali foi um grande compositor, pianista, maestro e arranjador Brasileiro, nascido no Rio Grande do Sul em 27 de janeiro de 1906. Possui um vasto trabalho na música popular Brasileira, com destaque para os choros e bossas, onde destaca-se a primeira gravação de Aquarela do Brasil, de Ary Barroso.


Abaixo, o raríssimo vídeo, vale a pena assisti-lo: