Manuscrito original - Fantasie-Impromptu |
A obra foi composta por volta de 1834, tendo sido entregue a Julian Fontana, compositor e grande amigo de Chopin. Na ocasião, Chopin solicitou a Fontana que a obra não fosse publicada, fato que ocorreu apenas após a morte do compositor, a pedido de sua família.
F. F. Chopin |
Infelizmente pouco sabe-se a respeito da obra, principalmente por esta não ter sido publicada no ano de sua composição, desta forma não existindo quaisquer registros diretos sobre a obra. As poucas informações existentes foram encontradas em cartas. Uma das teorias mais aceitas é a de que Chopin teria desistido da publicação devido a uma semelhança não intencional com o Impromptu em mi bemol maior de Ignaz Moscheles. Outra possibilidade, é que esta obra teria sido originalmente vendida a uma baronesa, que simplesmente queria tê-la como propriedade exclusiva.
Uma breve análise da obra
Uma das maiores dificuldades desta peça reside nos ritmos alternados presente entre as mãos, sendo a mão esquerda formada por colcheias enquanto a mão direita executa tercinas e semicolcheias.
Inicialmente, temos uma melodia com movimento ininterrupto, em um compasso binário com um andamento allegro agitato.
Ritmos alternados, tercinas x colcheias |
A grande dificuldade na primeira parte desta obra reside em manter a leveza e suavidade, aumentando gradualmente a tensão da obra devido as mudanças de tonalidade. Um cuidado especial deve ser dado ao segundo tema apresentado, que precisa soar marcado.
"Segundo tema" exposto assinalado, deve ser salientado |
Também deve ser dado uma atenção especial a cadência que resolve a primeira parte da obra. Esta candência leva a peça para um compasso largo, na tonalidade de ré bemol maior, que introduzirá uma fantasia em um andamento moderato cantabile.
Cadência que introduz a fantasia |
Esta parte da obra (a fantasia) utiliza fragmentos e ideias dos temas já expostos na primeira parte, apresentando-os sob uma ótica mais doce e calma, sem o devaneio apresentado inicialmente, indicando-lhes uma breve resolução.
Inicio da fantasia - Moderato cantabile |
O final desta fantasia mostra-se abrupto, sem uma resolução, denotando um tom sombrio e retornando ao devaneio inicial. A tonalidade volta a dó sustenido menor com andamento allegro agitato, porém, ao final da grande cadência, temos semicolcheias na mão direita e o mesmo tema utilizado durante a fantasia é executado pela mão esquerda, desta vez dobrado e mais marcado, encaminhando a obra para uma resolução com um acorde de dó sustenido maior.
Obra de difícil execução . Entretanto é uma das mais populares entre as obras de Chopin e não há pianista que não sonha executá-la.
ResponderExcluirComo pode alguém criar algo tão lindo como essa música?! Uma das minhas preferidas.
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