Minha idéia incial era fazer um post a cada dois ou três dias, porém a falta de tempo foi um problema. Mas aqui estou eu para concluir este ciclo de posts.
Mais instrumentos "escondidos"!
A capela ainda possui mais instrumentos "escondidos" em suas ante salas. Como se já não bastassem os dois órgãos de tubos e o piano de cauda, a capela ainda conta com mais dois pianos de armário magníficos. Infelizmente não tirei foto destes, minha câmera estava ficando sem bateria.
Ambos os pianos eram pretos, com dois candelabros fixados, pelo seu estilo de fabricação, deveriam ter algo em torno de 100 anos, e estavam impecavelmente regulados. Francamente achei mais confortável tocar neles do que no piano de cauda utilizado para consertos. Isso deve ao fato de minha musculatura não estar preparada para um teclado um pouco mais pesado, do contrário com certeza o piano de cauda seria mais atrativo por propiciar uma extensão dinâmica mais ampla.
Na sala superior, é que começam as surpresas.
A primeira coisa que nos deparamos é com mais um piano de cauda. Desta trata-se de uma relíquia, um piano Steinway & Sons, com mais de 100 anos de fabricação,restaurado e em perfeito estado. Ele era utilizado para concertos, antes de terem recebido o outro piano. Devido a sua idade (que faz com que seja mais frágil também e exija cuidado especial), ele foi retirado desta tarefa, e somente é utilizado para estudos.
O piano é magnífico, possui uma extensão dinâmica muito boa, um teclado leve, sensível e preciso.
Ir. Renato tocando no Steinway |
Josias |
Jeanine tocando no Steinway |
Junto ao piano, uma surpresa. Vê-se, “abaixo dele”, um alaúde, instrumento tipicamente utilizado na idade média:
E para completar, um pequeno órgão de tubos de madeira,
feito para ser carregado:
O acionamento dele é feito por um fole preso em suas “costas”,
que deve ser pressionado para criar pressão e assim poder gerar o som.
Nesta mesma sala, além de muitos livros centenários, existe
um cravo com dois manuais. Não me atrevi a tocar sequer uma invenção de Bach
nele, pois é um instrumento muito frágil e eu tenho uma mão um pouco pesada.
Nesta foto, o Ir. Renato demonstra o êmbolo que “belisca” a
corda do cravo, gerando seu som característico.
O mecanismo do cravo é diferente do piano. Enquanto o piano
bate na corda com um martelo, o cravo “puxa” ou “belisca” a corda como se fosse
um violão, gerando o seu som característico. Cada manual, gera um som diferente, puxando
cordas de uma arpa que está abaixo da outra.
A propósito, é muito interessante ver a construção desta
arpa. Infelizmente minha câmera não tem um bom modo macro (ou eu não sei utilizá-lo),
e não consegui fotografar a arpa dele. Ela é feita de pequenos filetes de
madeira (uma madeira especial, muito macia). São filetes inteiros, que vão de
ponta ponta. Eles são colocados lado a lado
e colados, formando a arpa do cravo.
Espero que tenham gostado dos posts, e que não tenha sido
muito “maçante”!!!
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