Gravações - Repertório

As obras abaixo estão prontas e disponíveis para apresentações, concertos e recitais.


Nem todas as gravações foram atualizadas, portanto, algumas obras já possuem uma interpretação mais apurada.






Maiores informações, no Link Repertório e Downloads/Gravações

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

3º Concerto de Advento

Estimados amigos.

Convido a todos que residem ou estão próximos a cidade de Novo Hamburgo para comparecerem ao Culto Cantate de Advento (3º Concerto de Advento) que estamos preparando na CELSP-NH.

O evento contará com uma pequena orquestra de músicos convidados, além o grupo coral da comunidade.

No repertório, constam obras natalinas e de advento já consagradas e presentes no Hinário Luterano.



  • Data: 13 de dezembro de 2014
  • Horário: 20:00 horas
  • Local: Comunidade Evangélica Luterana São Paulo de Novo Hamburgo (ao lado do Itaú, rua Joaquim Nabuco, Centro)

Retorno as atividades

Após quase seis meses sem atualizações no blog devido a intensa atividade acadêmica deste último semestre, bem como uma nova tomada de rumo em minha vida profissional, finalmente, o blog será re-ativado.

Nos próximos dias algumas postagens devem aparecer. Pretendo reciclar as postagens sobre pianos digitais, e ampliar este assunto.

Minha monografia de graduação trata-se do desenvolvimento de hardware sampler para órgãos digitais, ou seja, o processador interno de um instrumento digital. Assim, pretendo criar posts sobre o assunto, com uma carga de conhecimento maior.

A ideia não é trazer uma abordagem da engenharia, como explicar o funcionamento detalhado do processador, mas sim, trazer minha experiência no desenvolvimento deste projeto, e uma abordagem mais ampla de como funciona este tipo de dispositivo, disseminando um pouco de conhecimento acerca deste assunto, que é bastante escasso na internet.


Aguardem pelas próximas postagens!

terça-feira, 17 de junho de 2014

Formação musical precoce aumenta desenvolvimento cerebral

Este tema já foi abordado aqui no blog em outras ocasiões, e acho extremamente pertinente voltar a tocar no assunto de vez em quando.

Todos nós, músicos profissionais ou amadores, sabemos da importância do ensino de música e sabemos como este, aliado as demais matérias em uma escola, poderia auxiliar no desenvolvimento das crianças, tanto intelectual como socialmente.

Recentemente, mais num estudo foi publicado relacionando o ensino de música para crianças com uma melhoria no desenvolvimento cerebral. Abaixo, compartilho reportagem que tem circulado nas redes sociais a respeito.

Clique sobre a reportagem para aumentar

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Pensamento - Você viu esta música?

"Você viu essa música?"

Muitos de nós já utilizaram esta expressão, e sempre tem alguém de prontidão para responder: "Música não se vê, se escuta"!

Estudando ondulatória (física) para compor um capítulo do meu TCC, percebi que tudo no mundo gira em torno de oscilações, ondas de todos os tipos. A luz, é uma onda, que ora comporta-se como partícula, ora como onda segundo a equação de Maxwell.

O som, é um onda, que também se comporta segundo a mesma equação, e o mesmo vale para sinais eletromagnéticos. No fim, tudo aquilo que percebemos oscila de alguma forma, variando em sua frequência e complexidade, tudo se transforma em uma série cossenoidal.
Ao estudar a formação dos timbres sonoros vi isto diretamente. Infinitas harmônicas, com amplitudes variadas se unem para formar um timbre característico, que acabamos por escutar e identificar.

Agora o mais interessante é que a luz também comporta-se desta forma. Oras, ela até tem frequência, um comprimento de onda, um período... A diferença é que nossos sentidos foram ajustados para perceber diferentes tipos e frequências de oscilação em diferentes "instrumentos". Nossos ouvidos captam oscilações mecânicas, de pressão, que variam dos 20Hz até 20Khz, enquanto nossos olhos percebem oscilações do espectro eletromagnético. Mas no fim, tudo são oscilações!!!

Então me parece que "ver uma música" não é algo tão estranho, inclusive existem casos de pessoas com uma rara condição chamada "sinestesia", onde as regiões do cérebro que interpretam audição e visão meio que se misturam, fazendo com que literalmente as pessoas com esta condição visualizem o som.

A conclusão que chego é que, ver ou ouvir, depende apenas de uma definição que nós "plastificamos". Talvez as frequências e perturbações oscilatórias que eu percebo como audição, podem ser percebidas como visão por outro ser vivo!

Pensem nisso =)

segunda-feira, 31 de março de 2014

Salmo 142

Este último final de semana recebi um convite meio inesperado para executar novamente o Salmo 142 junto ao coral da CELSP-NH.

A uns 2 anos já havíamos executado esta obra, e ficou muito legal. Fazia um bom tempo que não visitava esta partitura, mas ainda lembrava-me de grande parte do arranjo.

Abaixo, segue um vídeo da execução efetuada no último sábado, dia 28/03.





Agradeço a regente do coral pelo convite, foi muito legal trabalhar junto ao coral novamente!

terça-feira, 18 de março de 2014

E o pouco tempo me pegou, novamente!

E mais uma vez tenho tido pouco tempo para as atualizações do Blog.

É claro, muitas vezes isso pode soar como uma simples desculpa estapafúrdia para minimizar a minha parcela de culpa, mas a verdade é esta, atualizações no blog necessitam de tempo que vai além da simples escrita. São pesquisas sobre os temas, entendimento sobre alguns assuntos e aprofundamento teórico que muitas vezes pode levar mais de uma hora, para depois, escrever o texto e revisa-lo.

Alguns textos levam um bom tempo entre a pesquisa e a publicação, e sendo eu o único a publicar atualizações, torna a tarefa de manter o blog andando mais difícil. Nem por isto irei simplesmente fechar o blog e eliminá-lo da internet, o mesmo continuará aqui, porém a frequência de atualizações com certeza será menor neste ano, focando-se basicamente em um ou outro artigo e dica, e talvez alguma gravação, fotos e promoção de eventos ligados a música erudita e sacra.

Ainda este mês pretendo publicar uma gravação e concluir um artigo que iniciei anteriormente, porém, tudo isto depende de tempo. Iniciei a escrita de minha tese de conclusão de curso, então basicamente meus esforços estão nesta direção.

Se der tudo certo, ao final do ano irei publicar alguns trechos da tese, que está intimamente ligada ao tema deste blog.


Um cordial abraço a todos os seguidores do blog e leitores.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Sonata Waldstein de Beethoven

A sonata n21 para piano de Beethoven, concluída no verão de 1804, é considerada uma das sonatas mais importantes do "período médio" da vida de Beethoven. Nesta época Beethoven passa a explorar a expressividade do piano de forma mais completa, buscando novas harmonias e expressões, o que vem a desencadear o início do terceiro período de sua vida, e consequentemente introduzindo o período romântico da música, caracteristicamente mais melódico e expressivo.

Nesta obra estão presentes as tonalidades diminutas tão exploradas por Beethoven, além do grande uso de stacatos, porém podemos ver melodias bem elaboradas e fluídas, fazendo um contraponto com obras como a Sonata Patética (n8), e tantas outras de seu primeiro período. É possível perceber o uso acentuado da expressividade que o instrumento proporciona, com "crescendos" abruptos, por exemplo.

Como curiosidade, podemos destacar que esta obra foi dedicada a seu grande amigo  Conde Ferdinand Ernst Gabriel von Waldstein , devido a isto, a obra passou a ser chamada de Sonata Waldstein.


Abaixo, segue uma das interpelações que mais gosto desta obra, por Daniel Barenboim.




quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Andamento, tempo e a interpretação - Parte 1

Isto é fonte de muita discussão entre músicos, sejam eles profissionais ou amadores. Muitas vezes alunos de música perguntam qual a "velocidade" que uma determinada obra deve ser executada, e como devem interpreta-la. Nesta pequena sequência de "artigos", pretendo dar algumas dicas de como interpretar uma obra com base nas informações presentes na partitura, em seu período e estilo.


 Antes de prosseguirmos, devemos relembrar na teoria musical, o que é tempo e andamento.


Tempo do compasso

O tempo (Time Signature, no inglês), é basicamente a indicação de quantas notas valendo um tempo caberão dentro de um compasso, sendo indicado na forma de uma fração, onde:

  • Numerado: Indica quantos tempos cabem em um compasso
  • Denominador: Indica qual nota vale um tempo na marcação do metrônomo
A maior fonte de confusão, sempre aparece com o denominador. Abaixo segue uma imagem que irá ajudar a entender melhor.

Observe que cada nota possui um número associado. Este número, é utilizado para definir qual a nota que valerá um tempo no compasso. Sendo assim, um compasso 4/4 terá quatro tempos, sendo que a nota que vale um tempo é a semínima (nota número 4 no diagrama anterior). Um compasso 3/2, terá três tempos, sendo que a nota que vale um tempo é a mínima (nota número 2 no diagrama anterior).

Sendo assim, o tempo do compasso serve para auxiliar na definição do andamento de uma música, uma vez que ele define qual nota valerá um tempo, porém, não é somente isto.

Ainda existem os compassos compostos, que não irei abordar neste momento, mas como exemplo podemos pegar um compasso 6/8, como presente na sonata n9 de Mozart. Este é um compasso composto binário que é subdividido em dois tempos formado por três colcheias (fechando os "6 tempos"), desta forma, a nota que vale um tempo é uma semínima pontuada (nota n4 no diagrama anterior, com um ponto de aumento).


O tempo forte

A primeira nota de um compasso (inclui-se pausa também) cairá no chamado tempo forte, sendo assim, esta nota deverá ser um pouco mais acentuada que as demais notas do compasso. É claro, você não irá sair tocando todas as primeiras notas de compasso mais fortes que as demais, a questão aqui envolvida é muito mais subjetiva, e irei abordar na segunda parte deste "artigo".

Andamento

O andamento é nada mais como a velocidade que você deve executar uma obra. Muitas músicas possuem a indicação de andamento anotada junto a indicação de compasso. Existem várias formas de indicar o andamento de uma obra, podendo ser desde os BPM em um metrônomo, até a simples indicação "verbal", como andante ou allegro, por exemplo. Na figura abaixo, temos um exemplo com duas formas de indicação de andamento. A primeira indica que a música deve ser tocada com o andamento allegro, que situa-se entre 120 e 168BPM, e a segunda, indica que a música deve ser executada com um andamento presto, porém, observem que é indicado que a mínima seja utilizada como base de tempo, ou seja, a mínima deve valer um tempo, e o andamento de execução da obra deve ser 68BPM, ou seja, as semicolcheias que aparecem ao longo desta obra deverão ser executadas em uma velocidade muito elevada.




Na segunda parte, serão dadas algumas dicas de como utilizar estas informações para interpretar corretamente (ou o melhor possível) uma obra, e como alia-las ao contexto, forma e período musical a qual a obra pertence.