Gravações - Repertório

As obras abaixo estão prontas e disponíveis para apresentações, concertos e recitais.


Nem todas as gravações foram atualizadas, portanto, algumas obras já possuem uma interpretação mais apurada.






Maiores informações, no Link Repertório e Downloads/Gravações

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Concerto de Natal - Orquestra Sacra da ULBRA

E vem chegando o natal, uma das mais belas épocas do ano! Esta época é marcada por muitos concertos e recitais belíssimos.

Neste próximo domingo, dia 8 de Dezembro, ocorrerá um concerto de natal com a Orquestra Sacra da ULBRA, junto com o coral da Comunidade Evangélica Luterana São Paulo de Porto Alegre.


Abaixo, o baner de divulgação do concerto.


Confusões históricas - Prelúdio n1 de Bach e a Ave Maria de Gounod



O Prelúdio número 1 de Bach, presente no Cravo Bem Temperado Vol1 (CBT Vol1) já foi motivos de discussão e muita confusão, principalmente entre os Luteranos.

O Cravo Bem Temperado, como já abordado neste pequeno artigo, foi composto com intuito de demonstrar a viabilidade de uso do sistema tonal temperado, servindo como guia de estudo para alunos e compositores. Desta forma, as obras publicadas em ambos os livros (CBT Vol 1 e Vol 2) não possuem cunho diretamente sacro. Desta forma, estas obras não estariam ligadas diretamente a uma denominação religiosa ou doutrina específica. E realmente, não era este o intuito, uma vez que seu fim não era o uso pela igreja, mas sim o ensino da música.

A fonte de confusão - Ave Maria de Gounod

O grande motivo de discussão entre os Luteranos frente a esta obra reside em sua grande semelhança com a Ave Maria de Charles Gounod, obra está alicerçada na doutrina católica e fonte de grande discussão entre o teólogos e fiéis protestantes.

Antes de qualquer coisa, precisamos ter em mente que são duas composições diferentes, de autores diferentes, portanto é importante situarmo-nos em datas. O primeiro Volume do Cravo Bem Temperado foi publicado por volta de 1722. Como Bach não possui por costume anotar a data de composição de cada obra em suas partituras originais, não se sabe exatamente quando foram escritas e compostos cada uma das obras presentes no livro. A Ave Maria de Gounod, porém, foi composta por volta de 1853, desta forma, temos o quadro abaixo:


  • Prelúdio n1 - CBT Vol1 - Publicado em 1722
  • Ave Maria de Gounod - Composto em 1853

A grande confusão ocorre devido ao uso do Prelúdio n1 de Bach, como base para a Ave Maria de Gounod. Para composição da obra, Gounod teria utilizado os manuscritos de Christian Friedrich Gottlieb Schwencke, que possuíam a adição de uma melodia. Sobre esta melodia, Gounod compôs a Ave Maria, utilizando desta forma, a harmonia e arranjamento do Prelúdio n1 de Bach como acompanhamento e base para a obra.



Obras distintas, porém...

Ambas, são obras distintas, porém para o público em geral acabaram por ser a mesma obra. A Ave Maria de Gounod é basicamente uma transcrição do prelúdio n1 de Bach, com a adição de uma melodia que segue a tendência harmônica da obra original.  Porém, devido a mesma ter sido muito utilizada pela igreja católica e possuir um acompanhamento ímpar e característico, é comum a identificação da obra por leigos em geral. Desta forma, o Prelúdio n1 de Bach acabou por ser descaracterizado como uma obra de Bach, sendo confundido com a Ave Maria de Gounod pela grande maioria dos leigos. 

Isto gerou um fato intrigante: Bach, o maior compositor Luterano, possui uma obra que não pode ser executada em igrejas Luteranas por ser confundida com uma das obras mais importantes da doutrina católica.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Reorganização dos estudos

E chegamos ao meio do semestre. Mais uma etapa concluída em minha vida acadêmica, e as coisas devem voltar ao normal.

Já fazem dois meses que não estudo música, devido a grande falta de tempo. Trabalhando em média 11h por dia para conseguir dar conta do estágio curricular e trabalho regular, ainda precisava achar tempo para estudar, afinal, não se passa nas disciplinas de engenharia sem estudo!

Mas esta etapa já está vencida, e vamos para novos desafios, mas desta vez, com um pouco mais de tempo.

Espero voltar a uma rotina de estudo em breve, e finalmente conseguir fazer a gravação do estudo Op 10 n12 (Revolucionário) de Chopin. Em breve, devo postar esta gravação, e possivelmente uma gravação do Prelúdio n1 do CBT Vol1!

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Retomada de atividades

Já se passou mais de um mês desde a última postagem no blog, realmente o tempo anda muito curto ultimamente e parece que as 24 horas do dia não são mais suficientes.

Tenho passado por um momento de grandes mudanças devido a estar nos últimos semestres da Engenharia Eletrônica, e devido ao estágio e mais algumas mudanças na área profissional, estou com o meu dia completamente ocupado, trabalhando em média 11h por dia e estudando todas as noites na universidade.

Então, devido a isto as atualizações no blog estavam suspensas, mas pretendo retomar as atividades do mesmo assim que concluir o estágio curricular e sobrar mais tempo. Tenho alguns projetos engavetados que pretendo dar andamento, portanto, novidades irão surgir ao longo dos meses de novembro e dezembro!


segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Início de novo repertório

O concerto realizado no seminário Concórdia teve uma ótima repercussão, portanto, é a hora de olhar para frente e reorganização o repertório.


Novas obras adicionadas a grade de estudos

Estarei revisando duas obras já executadas, e dando início ao estudo de outras três obras novas, além de concluir o estudo Op 10 n12, que ficou na gaveta estes últimos meses.
  1. Sonata n11 de Mozart - Esta obra é relativamente complexa. Já foi executada por grandes nomes do piano erudito, como Andras Schiff e Vladimir Horowitz, sendo que este último a executou com maestria no Carnegie Hall (redeu o disco Horowitz in concert, 1966)
  2. Polonaise Op 56, n6 - Está obra não necessita de apresentações. É a Polonaise mais conhecida de Chopin
  3. Jesus alegria dos homens - Redução para piano desta conhecidíssima obra. Já executei sua versão para piano e coro no passado, acredito que não será de grande dificuldade
  4. Estudo Op 10 n12 - Este estudo está em minha grade a tempos, mas nunca sobre o devido tempo para concluir e lapidar a obra. Acredito que até o final do ano consiga concluí-la como se deve
  5. Odeon - Uma das obras mais conhecidas de nosso brasileiríssimo Ernesto Nazareth
  6. Invenções 8 e 13 -  Estas invenções já estiveram em meu repertório anos atrás, pretendo revisa-las e grava-las

Espero poder realizar um novo recital assim que estas obras forem concluídas. É claro que meu ritmo de estudo é diferente do ritmo de um pianista profissional, estou no final da graduação de Engenharia Eletrônica, e estou bem atarefado com o estágio curricular as disciplinas e os preparativos para o TCC que inicia no semestre seguinte.

Seguir em frente, nem que seja aos pouquinhos!

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Novos endereços de entrada do Blog

Estou fazendo uma reestruturação do blog. Ainda não pretendo mexer no layout, pois não encontrei um que me agrade mais que este, mas já é possível acessar o blog através de outros dois endereços:




Acredito os novos endereços devem facilitar o acesso e atingir mais pessoas.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O Cravo Bem Temperado

O cravo bem temperado foi escrito originalmente em 1722 por Johann Sebastian Bach, contendo 24 prelúdios e fugas que contemplavam todos os 24 tons existentes. Em 1744 Bach compilou um segundo livro, também contendo 24 prelúdios e fugas, desta forma, os livros passaram a ser chamados de "O Cravo bem temperado, Volume I e Volume II".

Fuga em Lá Bemol - CBT Vol II
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:DwtkII-as-dur-fuga.jpg

Tonalidades e ordem lógica

Existe uma ordem lógica na escolha das tonalidades de cada prelúdio e fuga. Bach seguiu uma sequência cromática para a escolha das tonalidades de composição das obras. Desta forma, a primeira dupla de prelúdio e fuga está em Dó Maior, a segunda dupla, Dó Menor, a terceira, Dó Sustenido Maior, a quarta, Dó Sustenido Menor, e assim sucessivamente.

O Cravo Bem Temperado é considerada a primeira compilação de peças plenamente acabadas, sendo assim fruto de estudo e inspiração para diversos outros compositores, e propiciando o desenvolvimento musical.


O nome "O Cravo Bem Temperado"

Este nome não foi escolhido ao acaso. Como mencionado anteriormente, O Cravo Bem Temperado é a primeira coleção de obras plenamente acabadas já publicadas, para o sistema o tonal temperado. Estas obras possuem grande densidade harmônica, passando por diversas tonalidades e contendo uma complexidade impar, nunca antes encontrada em obras deste tipo.

Bach, era um verdadeiro mestre do contra-ponto, conseguindo criar grandes sequências de modulações tonais, direcionando a música para uma resolução e ao retorno à tonalidade original. Esta característica ímpar fez com que esta coleção de obras fosse tão importante, apesar de ter sido esquecida entre a transição entre os períodos Barroco e Clássico da música, sendo "redescoberta"  por grandes compositores como Haydn, Mozart e Beethoven.

Desta forma, o nome "O Cravo Bem Temperado" possui ligação direta com o estilo de afinação "temperada" que vinha sendo discutido e começava a ser adotado. Bach, foi um dos primeiros grandes compositores a adotar e dominar este novo método que propiciou o desenvolvimento de suas obras.

Sem o sistema Tonal Temperado, torna-se inviável o desenvolvimento de grandes modulações nas peças musicais. Ao escrever os 24 prelúdios e fugas d'O Cravo Bem Temperado, Bach demonstrou a viabilidade deste novo sistema, e mais do que isto, demonstrou as capacidades deste sistema ao criar obras com grande densidade harmônica.




Abaixo, pode-se conferir minhas gravações para algumas obras do CBT:


segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Concerto no seminário







Conforme postado anteriormente (aqui), efetuei um recital de piano no seminário Concórdia na última sexta-feira. Já planejava um retorno aos recitais a algum tempo, mas nenhuma possibilidade real ainda havia me sido apresentada, até que o prof. Me. Raul Blum fez-me o convite para este evento, no dia 23 de agosto de 2013.

O último recital de maior importância que realizei ocorreu em 2005 na fundação Scheffel (conforme relatado aqui), ou seja, já faziam 8 anos que não subia ao palco para realização de um recital solo com repertório amplo e relativamente longo. Os nervos estavam a flor da pele, pois tudo é diferente de 2005, as circunstâncias são outras e o tempo disponível para preparo e reduzido.


O Preparo

O preparo para o recital foi lento e gradual, mas realmente teve seu início com a escolha do repertório em junho de 2013. Metade do repertório escolhido já havia sido estudado, como as obras de Chopin e o primeiro
Programa do recital
movimento das sonatas de Mozart e Beethoven, sendo necessário apenas suas revisões.

Porém, no repertório constavam alguns pequenos desafios, obras que não estou muito habituado a executar, como o compositor moderno Debussy, Mozart e Bach. Destes compositores, foram escolhidas as obras "Le Petit Nègre", "Sonata Facie" e o "Prelúdio e Fuga n2 do Cravo bem temperado Volume 1", respectivamente.

A única obra mais "simples", pode ser considerada a Sonata Facile, de Mozart, porém, sua interpretação possui armadilhas (como já comentado neste post). As demais obras possuem um certo nível de dificuldade, sendo que o Cravo Bem Temperado não pode ser considerado acessível.

Basicamente, sou mais acostumado (e prefiro) a executar repertório romântico. Desta forma, este repertório não só foi de difícil estudo (pois eu sempre tendo a romanceá-lo demais) como foi um grande desafio, que ajudaria a abrir mais meu entendimento de música e ampliar fronteiras.


Tempo

O tempo disponível para estudo foi muito escasso. Com faculdade e trabalho, muitos problemas para serem resolvidos, além de problemas de saúde que deixaram-me acamado durante alguns dias do mês de julho, a única opção era concluir 70% das músicas durante o período de férias. Ou seja, apenas duas semanas antes do recital.

Para um pianista experiente, duas semanas é mais que o necessário para preparar o repertório de um recital de uma hora, porém, para alguém que não vive de música e não possui a pratica cotidiana, torna-se uma tarefa complicada e um grande desafio.


O Recital




 Após passadas as duas semanas de estudo, possuia todas as músicas devidamente prontas. Em casa conseguia executar todas as obras, em sequência, sem qualquer erro. Inclusive, efetuei as gravações publicadas no dia 25 de agosto. 


 O concerto, no geral, me pareceu bom. As interpretações das obras foram satisfatórias, e apesar dos erros devido ao nervosismo, o publico pareceu ter gostado da apresentação. Muitas fotos e cumprimentos por parte de estudantes da faculdade de teologia, e perguntas de como conseguia conciliar faculdade, trabalho e música de tal nível ocorreram após a conclusão do recital.




Agradeço a todos pela oportunidade e pela ótima plateia, que apesar do frio e da chuva, compareceu em um bom número. Não poderia deixar de salientar a boa educação da plateia, que ao contrário do que vemos em outros concertos e recitais, não aplaudiu entre os movimentos das sonatas ou durante pausas longas e fermatas do repertório romântico! Não é todo o dia que vemos uma plateia como esta!


Gravações do recital

 Mais uma vez estávamos sem a FZ40, portanto utilizamos minha câmera, que não possui boa qualidade de gravação. A imagem fica muito escura, e o som não possui profundidade (você perde um pouco a noção de dinâmicas, pois ela tende a normalizar o som), além de ser muito metalizado.


Mas, algumas ficaram a contento. Tirando os erros por esbarro, devido ao nervosismo vocês podem conferir o resultado de algumas execuções abaixo.




domingo, 25 de agosto de 2013

Novas gravações

Devido ao recital no concórdia acabei meio ausente do blog, e não publiquei mais artigos e gravações.

A boa notícia é que graças ao recital e ao estudo necessário pra realizar o mesmo, pude efetuar novas gravações, que seguem abaixo.

Espero que gostem, vale lembrar que todas foram efetuadas em ambiente caseiro, com um piano Digital Yamaha CLP230 (Clavinova) que não pode ser considerado moderno, utilizando cabos e equipamentos longe dos ideais para este tipo de trabalho.



Prelúdio e Fuga n2 - O Cravo bem temperado Vol1 - Bach







Segundo movimento da Sonata n20 de Beethoven

Este eu já estava devendo a quase um ano!!! Que vergonha hehehehe

 



Sonata Facile (K545) de Mozart

 

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Visita a capela da Ulbra - Parte 3

Concluindo a série de postagens sobre a visitação a capela da ULBRA, realizada com alunos de teclado e piano da escola de música da comunidade São Paulo de Novo Hamburgo, vamos falar sobre o rei dos instrumentos musicais, o Órgão.

Nos posts anteriores, falamos sobre o piano, o clavicórdio e o cravo. Abaixo, seguem os links:



Qual o certo, Órgão ou Órgão de Tubos?

 Normalmente as pessoas se referem ao órgão eletrônico ou digital, como apenas "órgão", nomeando assim o "verdadeiro órgão", de órgão de tubos. O fato é que todo órgão, para receber este nome, deve ser de tubos. Outros instrumentos ou imitam o órgão digitalmente, utilizando técnicas de sintetização de som ou sampleamento, ou não são órgãos.
Órgão eletrônico Arbon. Este tipo de órgão utiliza
bobinas indutivas que ressonam entre si para gerar o
som característico. Foi muito comum seu uso em igrejas.
Esta técnica foi substituída por samplers modernos ou
processadores com capacidade de sintetizar sons.

Sabendo isto, podemos entender que aquele instrumentos que temos na grande maioria das igrejas, trata-se de um órgão eletrônico/digital e em alguns casos, de um harmônio.

O harmônio é um instrumento que utiliza uma idéia parecida com a do órgão, porém não possui tubos.


Existem pedais, que o músico deve pressionar alternadamente afim de encher os foles e gerar pressão de ar. Esta pressão de ar, é utilizada para vibrar pequenas palhetas, cada uma afinada em uma nota específica do teclado. Desta forma, o hamônio possui um som muito característico, mais parecido com o de uma gaita/sanfona.

Ou seja, órgão mesmo, sempre será de tubos, o restante é órgão eletrônico/digital ou harmônio.



O Órgão de ULBRA Canoas

O Orgão da ULBRA foi construído em 2003 pelo organeiro Manfred Worlitschek, contando em sua inauguração com pouco mais de 2200 tubos. Este órgão passou por um processo de restauração e ampliação recentemente, sendo ampliado para pouco menos de 4000 tubos, sendo atualmente o maior órgão em operação no estado do Rio Grande do Sul.




Sua construção segue um projeto eletro-mecânico moderno, que mantém internamente uma estrutura muito parecida com a de órgãos clássicos, com uso de válvulas manufaturadas e dutos de ar feitos em madeira.

Nesta foto, podemos ver os pequenos eletroímãs que puxam as válvulas que dão passagem
ao ar para o tubo. Pode-se perceber que tudo é feito em madeira. 


No lugar de cabos tencionadores, que abririam estas válvulas transmitindo mecanicamente a força ao pressionar uma tecla nos manuais, é utilizado um eletroímã acionado digitalmente pela console.

Conjunto de eletroímãs responsáveis pelo acionamento dos tubos
Existem, em média, 4000 destes.


Para seleção de registração, existem pequenos motores que atuam como chaveadores, ativando ou desativando a passagem de ar para todo um conjunto de tubos.

Motores responsáveis pela registração. Eles deslizam uma espécie de chapa/cartão
perfurado que bloqueia ou libera a passagem de ar para as válvulas de todo um conjunto de tubos

Fiação com destino a uma única registração (7 tubos)
Imaginem a quantidade de fios que ainda existem para os 4000 tubos

Este tipo de projeto possui como maior vantagem, seu custo de fabricação, uma vez que os projetos pneumáticos, que utilizam válvulas elétricas ligadas diretamente aos tubos, são mais complexos, e possuem como agravante o alto custo das válvulas pneumáticas de acionamento elétrico.



Abaixo, mais algumas fotos do interior do Órgão

















Posts pendentes no blog

Estou meio relapso com o blog nos últimos 20 dias, tenho várias postagens pendentes aguardando revisões, mas tudo isto tem um motivo.

O recital no seminário Concórdia se aproxima, e como estou em período de férias, tenho aproveitado cada minuto para estudar e aprontar o repertório.

Após o recital, devo liberar algumas postagens e pequenos artigos. Também tenho algumas gravações pendentes para publicar!

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Concertos no seminário - Recital de Piano

Convido a todos para o Recital de Piano que irei efetuar no Seminário Concórdia de São Leopoldo, no dia 23 de agosto. O "Concertos no seminário" é um ciclo de concertos que ocorre desde 2011, sendo uma edição por semestre.



Chamada - Concertos no seminário
Nesta edição do "Concertos no seminário", pianista executará obras de Bach, Beethoven e Chopin, entre outros grandes compositores.

O repertório deve passar por Bach, e "O Cravo bem Temperado", sonatas de Mozart e Beethoven, culminando em Chopin com uma de suas Polonaises, esta última figurando entre as obras mais importantes do compositor.

Informações sobre o Pianista
Josias Diego Martins, iniciou seus estudos de piano no Instituto dos Meninos Cantores de Novo Hamburgo (Posteriormente transformado em Instituto Nilson Meireles Prestes), tendo como professores o atual Maestro da orquestra PUC-RS, Márcio Buzatto, e Jessé Martins. Após uma pausa de 4 anos, voltou a dedicar-se ao instrumento sob orientação de Jeanine Mundstock. Atualmente dedica-se ao projeto de musicalização da Comunidade Evangelica Luterana São Paulo, ensinando teclado e piano, alem de manter o blog "Um Pianista Desajeitado" com postagens periódicas sobre música e gravações de obras eruditas feitas em Home Studio.






segunda-feira, 29 de julho de 2013

História e uma breve análise de Le Petit Négre de Claude Debussy

Clude Debussy, foi um grande músico e compositor francês,nascido em 22 de agosto de 1862, tendo falecido em 25 de março de 1918.

Sua obra é pouco acessível, sendo complexa devido a sua densidade tonal e caráter inovador para a época, tendo ligação direta com o movimento impressionista. É comum o uso de cromatismo e figuras para demonstrar algum fenômeno, como por exemplo, a chuva caindo ou uma tempestade. Debussy também decidiu não ater-se ao método clássico de composição, desta forma temos obras cuja harmonia soa um tanto aleatória, e o aparecimento de cromatismos constantes com cadências pouco usuais na época.


Le Petit Nègre - The Litle Nigar - O Pequeno Negro

Esta obra foi composta em 1909, sua tonalidade é Dó Maior, porém, sendo uma obra impressionista moderna, sua tonalidade pouco diz respeito acerca da música.

Não existem muitas informações acerca da obra, sabe-se que foi escrita pouco após Debussy compor "golliwogs-cakewalk", uma coleção de pequenas composições simples para piano, dedicadas a sua filha. Alguns acreditam que "Le Petit Nègre" deveria fazer parte deste conjunto de composições, devido a sua similaridade com as demais obras.

Podemos perceber nesta peça muitas características modernas e impressionistas, como um a melodia granular e ritmada, que se perde e se mistura a cadência cromática, até tornar-se indistinguível. Após a cadência cromática, uma nova melodia é introduzida, esta mais clara, que leva a música novamente a uma melodia granular ritmada.

Em termos técnicos, trata-se de uma obra simples, apresentando dificuldade apenas em sua cadência cromática, que deve ser leve, e ao mesmo tempo misturar-se a melodia gradualmente afim de denotar as características próprias do período.

Abaixo, minha gravação para esta obra:

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Visita a capela da Ulbra - Parte 2

Dando continuidade a sequência de posts sobre a visitação efetuada à capela da ULBRA, com os alunos da escola de música, vamos falar um pouco sobre o Clavicórdio e o Cravo.

No post anterior, falamos sobre o piano, e você pode conferir no link abaixo:



Clavicórdio

Clavicórdio


O Clavicórdio é um instrumento pequeno, portável, considerado o avô do Cravo. Este pequeno instrumento é considerado um dos primeiros instrumentos de câmara do mundo, ou seja, basicamente ele foi criado para uso em pequenas salas, com poucos ouvintes. Normalmente era o instrumento utilizado por músicos nômades durante a idade média, que eram contratados para transmissão de mensagens musicadas. Era muito comum a contratação destes músicos por generais vitoriosos, que enviavam boas notícias ao seu rei.

Clavicórdio

Seu som  é muito parecido com o cravo, se assemelhando ao som de dedilhado em um violão. Devido a sua forma de construção, este instrumento não proporciona qualquer dinâmica, uma vez que não possui mecanismos de multiplicação de força.


Pequenas hastes de metal presas na extremidade das teclas
responsáveis por gerar o som, golpeando as cordas.

O som deste instrumento é produzido golpeando a corda com uma pequena haste de metal, presa na ponta interna da haste da tecla, gerando assim o som característico do instrumento.


Cravo

Cravo


O Cravo já é um instrumento mais complexo, tendo seu som muito parecido com o Clavicórdio. Este instrumento, já mais moderno, pode possuir mais de um manual, dando maiores possibilidades ao interprete. A depender do cravo, o segundo manual pode ser configurado para adição de uma quinta ou oitava, ou simplesmente possui um timbre ligeiramente diferente do primeiro manual.

O Cravo e seus dois manuais


Este instrumento normalmente era utilizado de forma a seguir o "baixo contínuo" das músicas. Na época de sua criação, o uso de partituras não era comum, e a escala tonal temperada começava a ser utilizada e estudada, desta forma, as músicas eram mais rudimentares passando por poucas (ou nenhuma) modulação, ficando assim restrito a repetir a harmonia dos baixos e improvisar seus arranjos.

A forma de geração de som do cravo é um pouco diferente do clavicórdio. Enquanto o clavicórdio golpeia de leve a corda (gerando um som semelhante ao dedilhado no violão) o cravo "puxa" a corda, gerando um som semelhante a dedilhado utilizando a unha, no violão. Isto é feito através de uma pequena "pinça", presa na extremidade de um êmbolo situado acima da haste da tecla. Ao pressionar a tecla, este êmbolo sobe, pinçando a corda.

"Pinça" responsável por gerar o som do cravo

Desta forma, a técnica para se tocar o cravo é diferente da técnica pianística, sendo necessário mais delicadeza por parte do interprete, pois o uso excessivo de força pode romper alguma corda. Também é possível perceber que as teclas possuem uma certa resistência devido ao ponto em que a "pinça" encontra a corda. Desta forma, executar qualquer obra no cravo torna-se completamente diferente de faze-lo em qualquer outro instrumento de teclado, as diferenças vão muito além do simples som, passando pelo uso de registração, técnica e sensação de toque devido ao mecanismo único deste instrumento.


Parte 3: O órgão de tubos (em breve)

terça-feira, 23 de julho de 2013

Sonata em Dó maior K545 de Mozart



A Sonata em Dó maior (K545), também conhecida como "Sonata Facile", foi adicionada ao catalogo de Mozart em 26 de junho de 1788, sendo considerada uma das sonatas mais acessíveis do compositor. Esta obra faz grande uso do baixo de Alberti, sendo este muito utilizado na exposição e reexposição temática do primeiro movimento, e presente na maior parte do segundo movimento desta sonata.


Os primeiros dois compassos do segundo movimento da Sonata K545.
Pode-se ver o uso do baixo de Alberti como acompanhamento do tema principal


A obra em si não apresenta nenhuma dificuldade técnica, sendo uma das obras mais acessíveis do compositor, porém, a grande dificuldade reside em sua interpretação, sendo necessário grande maturidade por parte do interprete. O segundo movimento em especial apresenta uma série de armadilhas para a interpretação, fazendo com que o interprete seja tentado a interpreta-la como uma obra romântica, descaracterizando-a.

A interpretação desta obra deve ser um tanto métrica, com pouco ou quase nenhum "rallentando", obrigatoriamente soando de forma suave, principalmente em seu primeiro movimento. A dinâmica não deve ser exagerada, mas precisa expressar a tensão tonal, principalmente em seu segundo movimento. O terceiro movimento apresenta a forma de um rondó, de andamento allegretto, sendo este o movimento tecnicamente mais complexo da obra.

Primeiros compassos do terceiro movimento da Sonata K545, um rondó com andamento
allegretto. Pode-se observar o uso do baixo de Alberti novamente neste movimento, porém
ele é menos presente do que nos demais movimentos.


Artigos relacionados: A Sonata e a Forma Sonata

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Visita a capela da Ulbra - Parte 1

No dia de 6 de Julho, realizamos com os alunos de teclado e piano da escola de música da comunidade São Paulo, uma visita na capela da ULBRA Canoas, com intuito de conhecer os instrumentos que a mesma dispões e aprender um pouco de sua história.

Neste passeio fomos recebidos pelo Pastor Mestre Paulo Brum (mestre em Práticas interpretativas em Orgão de Tubos pela UFRGS) que nos guiou e demonstrou todos os instrumentos de teclado da capela, além de tirar dúvidas as respeito de instrumentos de percussão.


Piano

  A capela da Ulbra possui a disposição um piano Steinway, 1876, fabricado nos Estados Unidos. Este instrumento dispensa qualquer apresentação,  sua marca e histórico falam por si, sendo uma das melhores
Data de fabricação - Piano Steinway
ULBRA Canoas
marcas do mundo em fabricação de pianos para concerto. Este instrumento possui um teclado muito bem regulado e sensível, possibilidade a exploração de diversas sonoridades ao interprete.

Todo o piano está muito bem conservado, e sua sonoridade é impar. Algo que me chama muito atenção ao experimentar pianos acústicos (principalmente de concerto) é a responsividade das teclas, a profundidade do som devido aos harmônicos e a reverberação na caixa acústica, harpa e placa de ressonância, sem falar no efeito do pedal. Mesmo os pianos mais modernos, como os Clavinovas do topo da linha CVP  não conseguem ser parecidos com um piano acústico como este, errando feio na hora de simular reverberação e harmônicos.

Piano Steinway - ULBRA Canoas

Uma das maiores dificuldades que tive ao tocar neste piano foi a adaptação ao sustein. Os pianos acústicos tendem a sustentar as notas por mais tempo do que os pianos digitais, desta forma torna-se comum que alguém acostumado a estudar em pianos digitais deixe "embolar" o som fazendo com que a melodia (voz principal) da música não fique clara. Isto ocorre por diversos motivos, onde podemos enumerar desde fatores ambientais até mesmo de construção do piano acústico.

Devemos entender que os pianos digitais possuem um número finito de frequências e notas que podem processar e iterações harmônicas que podem calcular. Eles também não sofrem influências do tipo de sala e material desta sala, e nem influência direta da umidade do ar como ocorre com os instrumentos acústicos. A sonoridade de um piano acústico muda drasticamente em um ambiente seco (baixa umidade relativa) e em um ambiente úmido, desta forma, o som capturado para geração de exemplos (sample dos pianos digitais) normalmente é um som perfeito e ideal, capturado em ambiente controlado (baixa umidade, sem ecos e reverberação por influência externa e etc), fazendo com que não seja perfeitamente igual ao de um piano em condições reais de uso.

Devido a isto, um pianista que estude sempre em pianos digitais, deve ter algum tempo disponível com o instrumento onde realizará o concerto afim de adaptar suas técnicas, uma vez que a diferença é simplesmente gritante. É claro que alguns pianos digitais (como os CVPs mais caros da Yamaha) possuem diversos ajustes que conseguem controlar reverberação, intensidade de harmônicos e até mesmo inserir profundidade da sala, e outras variáveis afim de aproximar o som do instrumento de pianos em situações reais, porém, enquanto não existir uma forma de simular em tempo real todas as variáveis envolvidas, nunca teremos um som perfeitamente real.

Piano Steinway - ULBRA Canoas

Portanto, é uma experiência ímpar tocar em um instrumento de concerto, cuja qualidade é garantida e atestada mundo a fora. Instrumentos como este estão a disposição apenas em universidades, grandes escolas de música e salas de concerto, devido a seu alto preço (iniciando nos 140.000 Dólares) e de seu alto custo de manutenção.


Parte 2: Clavicórdio e Cravo 

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Nova Gravação - Le Petit Nègre

Na noite anterior, finalmente resolvi efetuar a gravação de "Le Petit Nègre". Esta gravação já havia sido prometida por volta de maio, mas não consegui tempo para efetua-la na época.

 Abaixo, segue a nova gravação. Em breve estarei disponibilizando uma breve análise da obra e seu histórico. Espero que gostem.


quarta-feira, 17 de julho de 2013

432Hz ou 440Hz?

A afinação dos instrumentos é feita, atualmente, com base no LA a 440Hz. Mas nem sempre foi assim, a afinação foi subindo, pouco a pouco, até chegar aos 440Hz atual.

Acredita-se que na época dos grandes compositores, os instrumentos eram afinados em 432Hz. O exato motivo desta mudança segue obscura.


Alguns motivos para a tal mudança

Um dos motivos apontados diz respeito unicamente ao brilho das musicas e facilidade de gravação. Tendo em vista que os antigos gravadores e equipamentos de som tinham menor sensibilidade para altas frequências, este incremento de frequência nas músicas facilitava as gravações, uma vez que compensava a falta de sensibilidade dos equipamentos. Também era visível para a plateia que as músicas tornaram-se mais "brilhantes" do que antes.

Um segundo motivo, aponta para a Segunda Guerra Mundial. A proposta de subir a afinação para 440Hz foi dada pelo ministro de propaganda nazista, pouco antes de estourar a Guerra. Sabemos que Hitler utilizou muitas obras eruditas como fundo de seus discursos, desta forma, uma afinação mais alta teria efeitos psicológicos diferentes nas pessoas, gerando euforia.

Exemplo de gravação em 432Hz

Abaixo, segue uma gravação do Noturno em C#m Opus Posth de Chopin, efetuada em 432Hz. Provavelmente era assim que Chopin o escutava quando era executado, e era assim que ele foi concebido e soava em sua época.



quinta-feira, 4 de julho de 2013

Mudança no cronograma

Infelizmente houveram algumas mudanças no cronograma para o segundo semestre. Como havia comentado neste post, fui convidado para a realização de um concerto/recital solo e ser o pianista solista na execução da Cantata O Reino Divino, que seria realizada em agosto, na CELSP de Novo Hamburgo.

Infelizmente, devido ao intenso ritmo da faculdade, acabarei não podendo participar da Cantata. No próximo semestre estarei cursando 7 disciplinas, impossibilitando-me de comparecer aos ensaios gerais, que iniciarão em agosto (sendo três ao todo). Devido a isto, conversando com o Mestre Raul Blum, acabou-se por achar mais prudente convidar outro solista para este evento, apesar de já estar com boa parte da obra estudada, devido a complexidade da mesma. Esta peça não possui grande dificuldade técnica, porém possui muitas mudanças rítmicas e de compasso dentro dos próprios movimentos, necessitando assim de ensaio prévio com os demais músicos envolvidos.


Concerto no seminário

O concerto no seminário segue dentro do planejado, e será realizado no dia 23 de agosto. O repertório já foi escolhido e estou preparando-o. Conforme nos aproximamos da data, irei divulgar o horário do concerto para quem quiser ir assistir. Foram escolhidas obras de Bach, Mozart, Chopin, Beethoven e Debussy, sendo que ainda estarei avaliando a inserção de uma peça de Liszt ao repertório.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

História e uma breve análise da "Fantasie-Impromptu" (Op66) de Chopin


Manuscrito original - Fantasie-Impromptu



A obra foi composta por volta de 1834, tendo sido entregue a Julian Fontana, compositor e grande amigo de Chopin. Na ocasião, Chopin solicitou a Fontana que a obra não fosse publicada, fato que ocorreu apenas após a morte do compositor, a pedido de sua família.
F. F. Chopin

Infelizmente pouco sabe-se a respeito da obra, principalmente por esta não ter sido publicada no ano de sua composição, desta forma não existindo quaisquer registros diretos sobre a obra. As poucas informações existentes foram encontradas em cartas. Uma das teorias mais aceitas é a de que Chopin teria desistido da publicação devido a uma semelhança não intencional com o Impromptu em mi bemol maior de Ignaz Moscheles. Outra possibilidade, é que esta obra teria sido originalmente vendida a uma baronesa, que simplesmente queria tê-la como propriedade exclusiva.



Uma breve análise da obra

Uma das maiores dificuldades desta peça reside nos ritmos alternados presente entre as mãos, sendo a mão esquerda formada por colcheias enquanto a mão direita executa tercinas e semicolcheias.
Inicialmente, temos uma melodia com movimento ininterrupto, em um compasso binário com um andamento allegro agitato.

Ritmos alternados, tercinas x colcheias


 A grande dificuldade na primeira parte desta obra reside em manter a leveza e suavidade, aumentando gradualmente a tensão da obra devido as mudanças de tonalidade. Um cuidado especial deve ser dado ao segundo tema apresentado, que precisa soar marcado.

"Segundo tema" exposto assinalado, deve ser salientado

Também deve ser dado uma atenção especial a cadência que resolve a primeira parte da obra. Esta candência leva a peça para um compasso largo, na tonalidade de ré bemol maior, que introduzirá uma fantasia em um andamento moderato cantabile.

Cadência que introduz a fantasia


Esta parte da obra (a fantasia) utiliza fragmentos e ideias dos temas já expostos na primeira parte, apresentando-os sob uma ótica mais doce e calma, sem o devaneio apresentado inicialmente, indicando-lhes uma breve resolução.

Inicio da fantasia - Moderato cantabile


O final desta fantasia mostra-se abrupto, sem uma resolução, denotando um tom sombrio e retornando ao devaneio inicial. A tonalidade volta a dó sustenido menor com andamento allegro agitato, porém, ao final da grande cadência, temos semicolcheias na mão direita e o mesmo tema utilizado durante a fantasia é executado pela mão esquerda, desta vez dobrado e mais marcado, encaminhando a obra para uma resolução com um acorde de dó sustenido maior.



segunda-feira, 24 de junho de 2013

Voltando as atividades

Como de praxe, acabo me afastando um pouco das ativiadades do blog e dos estudos ao piano no final do semestre letivo. Isto ocorre devido a grande quantidade de trabalhos e provas no final do semestre que inviabilizam a criação de conteúdo e o estudo mais aprofundado do instrumento.

Passado este período, devo voltar a trabalhar no blog, e novos textos, artigos e postagens devem despontar no blog.

Fiquem atentos, pois em breve devo começar a compartilhar novas gravações e textos. Sei que estou devendo a gravação de Le Petit Nègre de Debussy a mais de mês, então em breve estarei disponibilizando (faltou apenas a masterização), e também irei preparar um pequeno Review do piano Prívia PX135BK!

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Aulas de Piano


Recebemos esta semana um Piano Casio Privia PX135BK, para uso na escola de música e atividades gerais da comunidade São Paulo de Novo Hamburgo.

Com o instrumento já instalado, teremos início a aulas de Piano Erudito, também enfocando arranjamento livre para acompanhamento de grupos e repertório sacro para uso no ano da igreja. Quem tiver interesse de fazer aulas de Piano, basta entrar em contato, ainda estamos com duas vagas no sábado pela manhã.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Concerto de órgão - ULBRA - Dia 16 de maio de 2013





Na última quinta-feira, dia 16 de maio de 2013, ocorreu um concerto de órgão de tubos na ULBRA - Canoas, realizado pela organista Mestre Jeanine Mundstock.

O concerto contou com ogras de Bach, Häendel, Amaral Vieira, J. P. Kellner e César Franck, todas magnificamente executadas pela organista, apesar do frio intenso que fazia naquela noite.


Ma sequência, seguem duas gravações e uma foto do programa do concerto. Num próximo post irei disponibilizar algumas fotos do órgão da ULBRA.



Gravações

Como a console do Orgão fica longe do público, um cinegrafista foi posicionado junto a organista, e a execução era transmitida em um telão, para que todos pudessem assistir a execução. A gravação foi efetuada a partir do telão, então a imagem não é das melhores, mas podemos assistir perfeitamente, inclusive o som (que é o que mais nos interessa) ficou muito bom.


quarta-feira, 15 de maio de 2013

Concerto de órgão na ULBRA


Amanhã, dia 16 de Maio, ocorre um concerto de órgão na capela da ULBRA Canoas, que será realizado pela organista, Jeanine Mundstock.

Jeanine Mundstock é mestre em práticas interpretativas pela UFRGS e realiza concertos periodicamente pelo Brasil e Europa. Este concerto faz parte do ciclo de concertos na capela da ULBRA, que agora conta com seu órgão de tubos reativado e ampliado.

O concerto tem início as 20h, com entrada franca.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

A Paixão segundo São João - Bach

Esta composição é impressionante. Toda a paixão conforme a narração do livro de João em notas musicais!

Como já foi comentado no post "Bach e o legado luterano" ele compôs obras para todo o ano da igreja cristã. Então existe muito material magnífico para se escutar, e até mesmo para trabalhar com conjuntos corais! Só aconselho trabalhar leitura de notas e solfejo com os corais antes de encarar Bach, pois é fácil se perder em suas fugas!!!!

O vídeo tem quase duas horas, mas vale cada minuto! Escutar a Paixão Segundo São João é o mesmo que ler as passagens na Bíblia :) !
PS: O vídeo tem tem legendas em inglês conforme novas frases surgem. Como existem muitas fugas no decorrer da obra, com muitas variações, pequenas frases são repetidas inúmeras vezes, então é bem tranquilo acompanhar as legendas!




quinta-feira, 25 de abril de 2013

Retornando aos estudos - E agora? - Parte 2


No artigo anterior foi abordado basicamente o estudo técnico, e a forma de estudo no inicio desta caminhada. Abaixo, você pode conferir a primeira parte desta sequência:

Dando continuidade e finalizando esta pequena sequência de artigos, irei falar sobre escolha de repertório, peças simples para quem está reiniciando os estudos, revisão de repertório antigo e a alguns cuidados especiais que devemos tomar ao estudar.



Peças simples

Além do estudo técnico que deve ser gradual, é imprescindível aliar alguma música para o trabalho de interpretação. Aqui podemos citar Minuetos de Bach e Mozart, que possuem uma leitura simples e são peças curtas, porém trazem uma grande margem interpretativa.

1. Peças simples - Ana Magdalena Book (Link página no IMSLP)
    • Ana Magdalena compilou uma lista de Minuetos e peças simples que são amplamente utilizados para o ensino de música. Clicando no link acima você será levado a página especial no IMSLP contendo esta compilação. Uma dica é iniciar pelo Minueto em Sol maior (link pdf, no IMSLP), que é extremamente conhecido, podendo dar continuidade com o Minueto em Dó menor (link pdf, no IMSLP).
2. Prelúdios de Bach
    • Existem alguns prelúdios de Bach que não apresentam grande dificuldade, como o Prelúdio n°1 do Cravo bem Temperado Vol 1 (link pdf  no IMSLP).
3. Valsas de Chopin
    • Passadas estas obras, pode-se visitar algumas valsas de Chopin, como a Op 69 n2 - Valsa do Adeus.
4. Sonatinas e sonatas
    • Kulauh possui boas sonatinas, em especial a sonatina Op 55 n1 (escutar gravação no blog)  que não representa grande dificuldade técnica
    • Mozart também possui algum repertório interessante para nível intermediário. Podemos aqui falar das Sonatas em Dó maior (sonata facile) e da sonata em Sol maior.
    • Em Beethoven, pode-se escolher a Sonata Op 49 n2. Preferível tyer executado as Sonatas mencionadas anteriormente, antes de partir para Beethoven


Revisitando repertório antigo

É sempre interessante que revisite repertório antigo. Mas sempre com muito cuidado. Não tente executar de cara as últimas obras que esteve estudando/executando, pois seu nível técnico já não é o mesmo. De preferência a músicas mais simples que já estiveram em seu repertório e revisite as obras já estudadas anteriormente conforme sua evolução técnica for permitindo. Neste ponto, a ajuda de um professor é muito importante, pois ele saberá lhe orientar o que deve e o que não deve ser
revisto num determinado momento. A dica básica é: Trassar objetivos alcançáveis, e se ater a eles.

Por exemplo: Quando eu larguei os estudos do piano havia recém de concluído o estudo Op 10 n12 de Chopin, e o Transcendental n1 de Liszt, tendo iniciado o Op 10 n10 de Chopin. Estando quatro anos afastado do piano, meu nível técnico não era suficiente para executar qualquer uma destas obras, e caso insistisse nisto, poderia desenvoler alguma L.E.R. Portanto, é importante orientação, começar pelo estudo técnico, peças mais simples, e ir evoluindo no repertório.

Peças novas

É de grande importância que o seu repertório seja renovado. Não "viva de passado", insira músicas novas. Assim como é interessante e importante revisitar o repertório antigo, também é importante a adição de novas obras para que seu desenvolvimento seja mais abrangente.


Cuidados especiais

Os cuidados são sempre os mesmos, e vão desde a postura e ergonomia, ao estudo técnico adequado ao seu nível junto com um repertório flexível que se encaixe com a sua realidade. Para conseguir isto, o ideal é a ajuda de um professor, pois normalmente aquele que retorna a estudar por conta acaba "atropelando etapas", e isto pode ser prejudicial inclusive a sua saúde.

No mais, estas são as dicas. A música é para ser algo prazeroso, tanto para quem a executa, quanto para o público que a escuta. Portando, devemos estudar com calma e afinco. Um passo de cada vez, uma pedra por vez, é assim que se constrói um castelo!

terça-feira, 23 de abril de 2013

Novos relatos - após "2 anos"

Parece mentira, mas já se passaram dois anos, desde o retorno aos estudos. Não tem sido fácil manter o ritmo, por vezes é preciso escolher entre estudar piano, eletrônica, trabalhar ou dormir um pouco (o que também é importante hehe)!

Após dois anos de estudo é perceptível a evolução. Hoje levo em média uma semana para estudar uma pequena obra como "Le Petit Nègre" de Debussy, com apenas 30 minutos de estudo por dia, dedicando menos de 15 minutos a esta obra. Encarei alguns desafios, como a Polonaise n1 de Chopin, que não pode ser considerada uma obra simples, e revisitei obras complexas de meu antigo repertorio, como a Op 10 n12 de Chopin e a Op 66 deste mesmo compositor.

Além disto,  o nível técnico melhorou, as interpretações já são mais maduras e sequer refletem as gravações que aqui estão (preciso atualiza-las, mas o tempo é meu inimigo). Minha antiga batalha contra o deficit na leitura de notas está, aos poucos, sendo vencida. Mesmo sem muito tempo para estudo, pouco a pouco tenho percebido melhora na leitura e no tempo para aprendizado de uma nova música, isto tem se intensificado no último mês, com os estudos da cantata e do repertório para o concerto.

Agora passo por mais um momento conturbado e complicado. Correndo contra o tempo para conclusão engenharia eletrônica, tenho feito sete disciplinas no semestre, o que gera uma grande carga de trabalhos e estudo. Aliado a isto, aceitei o desafio de ser solista na cantata que será apresentada na CELSP-NH no segundo semestre de 2013, obra com pelo menos 30 minutos de duração, e 7 movimentos, e é claro, sem esquecer o concerto já agendado para meados de abril. cuja parte do repertório ainda está em estudo.

Então, o que posso dizer destes dois anos de estudo? Estou satisfeito por ter conseguido manter algum  ritmo, e sou muito grato pelos convites  que tenho recebido, e pelas pessoas que me apoiam e me apoiaram. Agora, é planejar o futuro e tentar manter o ritmo, mesmo em meio a tantos afazeres.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Retornando aos estudos - E agora? - Parte 1



A maioria das pessoas que querem retornar ao estudo do piano enfrentam algumas dificuldades na hora de buscar por repertório.

Um dos grandes problema é, o que tocar? De onde começar?

Estas perguntas podem ser respondidas por um professor, que deve verificar as condições atuais do aluno, existem pessoas que mesmo sem estudar por anos a fio continuam com agilidade e grande capacidade (as vezes nem parece que ficaram tanto tempo sem estudar), mas estes são casos são raros, ou seja, não é regra. Portanto, alguns pontos são importantes antes de se lançar aos estudos.


Nesta sequência de artigos, vou abordar algumas dicas para quem deseja voltar a estudar piano, com algumas sugestões de músicas de nível básico e intermediário. Sempre deve-se ter em mente que o estudo precisa ser progressivo, queimar etapas não é algo interessante e por vezes pode causar problemas irreparáveis.



Organização e planejamento

Primeiramente, alguém que deseja voltar a estudar piano, precisa planejar, se organizar. Sem planejamento e organização, não conseguirá vencer os objetivos. Anteriormente falei sobre isto, no post "planejamento é preciso", mas vou colocar aqui apenas algumas dicas específicas e pontuais.

  • Estude todos os dias, mesmo que seja 20 minutos
  • Separe seu tempo de estudo em partes
    • Estudo técnico deve vir primeiro
    • Músicas após o estudo técnico
  • Aumente o tempo de estudo aos poucos, você não está mais acostumado a estudar horas a fio
  • Não desista, e não quebre o ciclo de estudos. É como ir à academia, se você deixar de ir um dia por ter preguiça, amanhã também vai ter preguiça.


Estudo técnico

Após muito tempo sem estudar é normal que você tenha dificuldades até mesmo em execuções simples. Portanto, é necessário revisitar os estudos técnicos. Existem muitos fatores aqui, que vão desde a musculatura que já não está mais acostumada com este tipo de esforço, ao cérebro que desaprendeu a forma correta de tocar. Portanto, exercícios técnicos são importantíssimos. Abaixo, seguem algumas dicas:
  1. Escalas, comece com as escalas Maiores
  2. Hanon, auxilia na "revitalização" da musculatura. Deve ser feito devagar e com muito cuidado. Aumentar o ritmo pouco-a-pouco
  3. Czerny, após "encher o saco" com o Hanon, passe para o Czerny, que além de trabalhar técnica, lhe possibilitará o trabalho de interpretação
  4. Cramer (Von Bulow), traz uma ótima coletânea de 50 estudos. Todos "musicais", que trabalham técnica e interpretação. Os estudos mais complexos se assemelham muito a alguns estudos de Chopin

Não deixe de ler a continuação do artigo, onde serão abordadas algumas peças simples para piano e dicas de estudo.


terça-feira, 16 de abril de 2013

Concerto de Brandenburgo n° 4 - Bach

Sempre gostei muito destas animações que alguns entusiastas da música erudita fazem e postam no YouTube.
Melhor ainda são algumas que trazem junto a partitura para você acompanhar diretamente a música, além da animação que demonstra o que acontece com cada voz da obra.

Hoje, venho apresentar-lhes o "Concerto de Brandenburgo nº 4", de Bach.


segunda-feira, 15 de abril de 2013

Reorganizando os estudos

Tendo em vista os dois convites que já comentei anteriormente, precisei reorganizar os estudos para dar conta do repertório.

Na última quinta-feira, recebi as partituras completas da Cantata que irei executar no segundo semestre. São sete movimentos ao todo. A dificuldade técnica é relativamente baixa, porém a obra é extensa, o que exigirá muita atenção.

também, tendo em vista o concerto solo que deve ocorrer por volta de agosto, também precisarei revisitar algumas obras do repertório. Somando a cantata, as revisões e a adição de novas obras, é muita coisa para fazer.

As novas obras para estudo são:
  • Prelúdio e fuga n2 de Bach (CBT Vol. 1)
    • A obra em si não possui grande complexidade técnica. Porém, Bach é Bach... A interpretação é complexa, e devido a quantidade de mudalações existentes ao longo das obras tornam-nas um grande desafio de estudo. 
  • Le Petit Nègre de Debussy
    • Trata-se de uma obra com caráter moderno. Algumas dissonâncias e cromatismo. É uma pequena música, com tom "jocoso", muito diverta. Comecei seu estudo no último domingo, e os trechos de maior dificuldade já estão praticamente vencidos. Acredito que logo estará pronta.
  • Sonata em dó maior de Mozart
    • Esta obra é relativamente simples. Sua leitura é fácil, e sua interpretação é natural. Um dos pontos mais críticos nesta obra é o cuidado para não transforma-la em obra romântica. A tendência é romancear demais na interpretação, porém sendo ela uma obra de início do período clássico, alguns cuidados devem ser tomados na sua interpretação.
  • Cantata (não irei dizer o nome hehehe)
    • A cantata é um grande desafio. Aqui entra o desafio da leitura, contraponto, acompanhamento coral e regência. A obra em si não apresenta grande complexidade, porém sua extensão torna-se um grande desafio. Possivelmente somando-se todos os sete movimentos, ela ultrapassará os 35 minutos de execução.


 Conforme mais novidades surgirem, vou postando no blog. As datas do concerto e apresentação da cantata ainda não foram definidas, sendo que o concerto deve ocorrer em agosto, e a cantata entre julho e outubro.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Participação em cantata e concerto

A três semanas acabei meio que sendo pego de surpresa, com dois convites muito especiais. Este ano estarei sendo o pianista convidado para executar a mesma cantata utilizada no Culto Cantati do Concórdia/SL que ocorrerá novamente em Novo Hamburgo, e também para um concerto de piano solo.

As datas ainda não foram definidas, e quando o forem, devo postar um comunicado e convite no Blog.


Cantata

Recebi a duas semanas o primeiro e o sétimo movimento da cantata. O processo de orquestração e composição do arranjo para piano ainda está em curso, devido a isto tenho recebido as partituras "aos poucos". O primeiro movimento traz uma característica "barroca", por assim dizer, utilizando bastante contraponto em alguns trechos. A música mostra-se bem marcada, tanto no primeiro quanto no sétimo movimento, o que lhe traz uma característica de "marcha" em alguns trechos específicos, apesar de não apresentar compasso binário.

Não vou entrar em mais detalhes, quem quiser conferir o trabalho poderá assistir a cantata em junho (con orquestra, no Concórdia), ou por meados de julho/agosto/outubro em Novo Hamburgo, com piano e demais instrumentos.

Inicialmente a cantata seria arranjada para piano e orquestra, porém devido a falta de tempo e a complexidade do trabalho, e prof. Raul preferiu derivar a orquestração do arranjo de piano, desta forma o mesmo não será utilizado na primeira apresentação da obra.


Concerto

O concerto trata-se de um convite para a série "concertos no seminário", que vem ocorrendo a dois anos e tem atingido sucesso de público. Os "concertos no seminário" ocorrem no início ou meio de cada semestre letivo, e são oferecidos a toda a comunidade, com entrada franca. Dentre os concertistas que já estiveram no palco estão nomes como Paulo Brum, Jeanine Mundstock e Raul Blum.

O repertório ainda será definido, mas podem esperar muito Chopin!