Gravações - Repertório

As obras abaixo estão prontas e disponíveis para apresentações, concertos e recitais.


Nem todas as gravações foram atualizadas, portanto, algumas obras já possuem uma interpretação mais apurada.






Maiores informações, no Link Repertório e Downloads/Gravações

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Leitura de notas - A Batalha: Parte 2

O Solfejo rezado, tempo, e metrônomo.

Sempre tive grandes problemas com o metrônomo. No fim das contas, nunca fomos bons amigos. Ele sempre teima em correr na minha frente, ou ficar para trás.

Agora estou na batalha para tentar corrigir isto, e fui atrás de algumas dicas com o Pastor Mateus Lang, que também é professor de música. Mas primeiramente, vou relatar aqui como iniciei este processo, antes das dicas, e onde "esbarrei".

O solfejo resado


No tópico anterior (link), comentei que tenho por habito, ler e solfejar as músicas antes de toca-las, como forma de facilitar a leitura ao piano e a memorização das obras. Como forma de melhorar a noção de tempo, tenho feito isto junto com um metrônomo, e não tenho tido dificuldade neste ponto, porém, ao ir ao piano a coisa fica mais complicada.

Ao tentar tocar com a mão direita, consigo seguir o tempo que o metrônomo marca, tocando apenas a mão esquerda, o mesmo caso ocorre (com um pouco mais de dificuldade, devo dizer). Porem, ao juntar as duas mãos...... Não preciso nem dizer que músicas contraponteadas tornam-se um "Deus nos acuda".

Dicas


Converçando com o Pastor Mateus, ele passou-me algumas dicas básicas para tentar resolver estes problemas.
Todas elas sem excessão requerem muita força de vontade, paciência e perceverança, pois chega um momento que você quer jogar o metronômo pela janela.


  1. Solfeje a música, cuidando o tempo. Com metrônomo ligado, bata a mão ou o pé junto com ele, isto vai ajudar na percepção de tempo, principalmente em contraponto.
  2. Se tive dificuldade com um andamento, diminua a velocidade, até que consiga seguir o tempo certinho
  3. Passe para o  piano, faça o mesmo processo tocando com a mão direita, e depois repita com a esquerda. Se quiser, pode-se tocar o mesmo que toca na mão direita com a esquerda
  4. Comece a juntar a música, (as duas mãos) com o metrônomo bem lento. Esta para mim tem sido a pior parte. Lembro-me de fazer um exercício nos tempos do Instituto de Música que talvez ajude neste caso, que vou relatar mais adiante.
  5. Aumente a velocidade do metronômo conforme for avançando.

Seguindo estas dicas, com o tempo a coisa torna-se mais fácil. Mas, enquanto isto, é um martírio.

Meu maior problema é já estar tocando músicas complexas, e ter esta dificuldade. Logo, beira ao "impossível" resolver problemas de tempo em obras como a Sonata n10 de Beethoven, por exemplo, juntamente por ela ser uma obra mais complexa.


Duas vozes/Duas mãos e o solfejo rezado
      - Treinando fora do piano

Neste caso, sugiro a compra de um livro de ensino musical e solfejo rezado. Existem alguns, agora não me lembro o nome, eu tenho fotocópia de um deles em casa, da época do Instituto.

Basicamente, nestes livros, você avança aos poucos, começando do mais fácil (apenas uma "voz"), e posteriormente "duas vozes". O livro de solfejo rezado não possui clave, apenas uma linha, as notas subdivididas em seus devidos compassos sobre esta linha, ou seja, não existe "tonalidade", apenas ritmo. 

Exercício de solfejo rezado
O exercício nº 12 acima, pode ser feito "cantando" o ritmo, o "batendo-o" em uma mesa, sempre seguindo um metrônomo, o exercício nº 13, já é para duas vozes, onde você marca a primeira linha com a mão direita, e a segunda com a esquerda, seguindo o metrônomo.

Neste caso, indica-se que você marque o tempo em um metrônomo, uma mão faz uma das "vozes", e a outra mão, a outra "voz" (batendo numa mesa, por exemplo), criando assim a independência necessária para o estudo ao piano. Os exercícios vão ficando mais difíceis gradativamente, e você vai progredindo, fazendo com que torne-se mais natural com o tempo.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Atualização da Grade de estudos

Já passou mais de um mês que não atualizo a grade de estudos por aqui.

Aproveitei o feriado para estudar um pouco, mas infelizmente não rendeu o que planejava. Infelizmente a rotina das últimas semanas, provas na faculdade, reuniões, cobranças e etc desgastam bastante, além de que fui "sorteado" com uma vizinha no andar superior que adora sapatear e arrastar móveis à altas horas da noite. Basicamente, só conseguimos dormir após as 0h, quando resolvem aquietar-se no andar superior (isso quando não passa da 1h da madrugada, antes que pensem besteira, o barulho não é dos adultos, mas sim da filha pequena que fica brincando a noite, os pais não tem controle sobre a criança. horário de dormir não existe...).

Pois bem, juntando tudo, stress do trabalho, provas na faculdade, e noites mau dormidas, acabei optando por relaxar mais no feriadão. Dormir um pouco mais e não dar muita bola para estudos e etc..

Mas a coisa andou, apenas não fiz gravações, estas devem sair em uma ou duas semanas.

O que mudou:

A sonata nº 20 está com seu 1º movimento pronto, ainda não iniciei o estudo do segundo, devo inicia-lo esta semana.

Adicionei a revisão da sonata nº 10 de Beethoven (1º movimento), que também já está decorada, restando apenas acertar a interpretação, corrigir alguns erros de fluência e "passar o metrônomo".

O Noturno de Chopin, que estava sendo revisado está basicamente concluído e deve aparecer pela seção de gravações nos próximos dias.

Também devo iniciar o estudo do Op 10 nº 12 de Chopin, mas este deve levar ao menos um mês para ficar concluído, pois deve ser estudado com muita calma, substituindo assim o Cramer.

Jesus alegria dos Homens de Bach, versão Coral não está decorado, mas está fluente, substituí-o por uma versão reduzida para piano (de Myra Hess), que me foi passado pela Renata Sica (obrigado pela ajuda Renata).

A Invenção nº 4 de Bach está sendo lida com metrônomo, esta deve ser aprontada em umas duas semanas.

Na parte "puramente técnica", tenho a adição da escala de SI maior, e cromática nos estudos diários. O Honon 1 ao 6 continua, pois ainda é uma boa opção para fortalecimento muscular.

Quem quiser conferir como ficou a grade, pode acessar por aqui ou clicar no menu da lateral esquerda.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Recital no Museu Scheffel

Em minha cidade, o sonho de qualquer aspirante a músico no ramo erudito é fazer um recital/concerto solo no Museu Scheffel.
Museu de artes Scheffel - N. Hamburgo

O Museu Scheffel, que faz parte da Fundação Ernesto Frederico Scheffel, é o palco dos concertos mais importantes da cidade, pianistas internacionais e músicos renomados já subiram neste palco.

Lembro-me que no inicio de meus estudos, por volta de 2002, assisti a um concerto da Pianista Olinda Alessandrini. Sem palavras para a destresa com a qual ela executara várias obras de Heitor Villa Lobos, pensei comigo mesmo: "Algum dia quero tocar neste palco".

O momento chegou em 2005.

Infelizmente, nesta época não estava mais no Instituto dos Meninos Cantores de Novo Hamburgo, devido a vários problemas internos, eles estavam com dificuldades, o que fez com que a maioria dos bons professores saíssem do local (como comentado neste post), e meu professor foi um deles.
Reportagem no Jornal NH
sobre o Recital no Museu Scheffel

Acabei indo parar na escola da Professora Iara Rick. Cheio de vontade, sonhos e esperanças, a professora marcou uma audição, para escutar-me e ver como estava.

Lembro-me até hoje, quando mostrei-lhe que estava estudando piano a pouco mais de 4 anos, e executei a Op 66 (Fantasia Improviso) de Chopin, uma parte do Op 10 n° 12, que estava em estudo, sem errar uma nota sequer. Fui aceito na escola, e logo na outra semana a professora quis preparar um repertório para levar a concerto (mais detalhes aqui).

O repertório escolhido foi um tanto seguro, apenas duas obras exigiam um nível técnico maior, sendo elas a Op 66 de Chopin e o primeiro movimento da Sonata nº 10 de Beethoven, que havia sido preparada para as provas da UFRGS. Esta última, ainda na época do Professor Jessé.

Ainda, ao final deste recital, executei uma composição própria, um estudo, voltado a agilidade de cromáticas, escalas com terças e quintas e arpeggios.

Como havia comentado em um post anterior, sempre tive uma certa dificuldade com a leitura, o que fez com que criasse uma série de estudos técnicos, desta forma não precisaria gastar tanto tempo com a leitura.

Um deles foi executado neste recital. Infelizmente não cheguei a criar partitura para estas obras, mas ainda devo possuir uma gravação simples (feita com meu piano acústico) escondida nas profundezas do meu HD ou em algum Backup.



Surpresas da vida.


Como de costume, fazemos sempre um ensaio no piano da sala de concerto algumas horas antes da apresentação, afim de perceber o desempenho do instrumento e adaptar a técnica para o mesmo.

Durante o ensaio, um jovem estava circulando pelo museu, observando as belas pinturas de Ernesto Frederico Scheffel, acreditei que fosse apenas um visitante, que entrara no museu para apreciar a arte, algo comum pois o museu faz parte da rota turística da cidade, estando no centro histórico de Novo Hamburgo.

Ao final do concerto, me deparo com a mesma pessoa. Tratava-se de um jovem artista, que estava analisando e estudando as obras de Scheffel, e que ao escutar-me durante a tarde, resolveu assistir ao concerto a noite.

O que marcou-me, foi que ele gostou muito da interpretação da Grande Valsa Brilhante de Chopin, tendo dito que a mesma ficou muito viva. Também tendo elogiado o toque ao piano, como sendo forte, preciso, e suave quando necessário. Infelizmente minha memória não é mais tão boa como já foi, então não consigo lembrar-me exatamente as palavras ditas.

O mais interessante, que a mesma interpretação que ele achou ótima, foi a aquela que minha orientadora mais detestou. Fiquei escutando sermões por quase um mês devido a minha "traquinagem".



A traquinagem


Como falei anteriormente, para minha orientadora eu "passei dos limites" com minha interpretação da Grande Valsa Brilhante de Chopin.

Basicamente, sempre fui meio impetuoso e enérgico em minhas interpretações, confesso que muitas vezes, no calor do momento exagero, mas sempre tento imprimir minha identidade na interpretação, mantendo-me dentro daquilo a que a peça se propõe.

Porém, minha professora vinha a quase um mês tentando fazer com que a peça ficasse semelhante a tantas outras interpretações, ao meu ver, um tanto apagada para ser uma "Valsa Brilhante" (é claro, o título brilhante refere-se mais a a tonalidade do que a forma de toca-la).

A "traquinagem", basicamente, ocorreu da seguinte forma: Para que minha orientadora não ficasse me "apurrinhando" a paciência, eu fiz exatamente aquilo que ela queria, detalhe, apenas durante os ensaios.

Bom, deu certo, as pessoas gostaram da interpretação, infelizmente minha orientadora não.



Algumas fotos, em Slideshow abaixo:


quinta-feira, 14 de abril de 2011

Concerto de Arthur Moreira Lima (no dia 13/04/2011)

Um dos ícones do piano Brasileiro esteve aqui, em nossa cidade, com seu projeto Um piano pela estrada.

Conhecia o trabalho do pianista apenas de ouvir falar e escutar algumas de suas gravações, dos Noturnos de Chopin, Valsas e Polonaises. O que podemos dizer deste pianista? Uma descrição simples  seria: um dos melhores pianistas, figura entre a elite do piano mundial.

Sobre Arthur Moreira Lima

Arthur Moreira Lima, iniciou seus estudos de piano aos 6 anos de idade, tendo tocado junto à Orquestra Brasileira aos 9 anos, um concerto de Mozart para piano e orquestra. Já considerado prodígio, progrediu em seus estudos, e projetou-se internacionalmente através do concurso Chopin, de Varsovia (onde foi premiado), e posteriormente nos concursos Leeds e Tchaikovsky.

É considerado um dos maiores ícones do piano romântico, com grande ênfase em F. F. Chopin, tendo recebido muitos elogios pela crítica especializada durante toda a sua carreira. Também já executou concertos junto às maiores orquestra do mundo, como a Sinfônica de Berlin, Rádio BBC dentre outras.

Ao lado de João Carlos Martins e Nelson Freire, é um dos nomes mais importantes do piano em nosso país, já tendo feito apresentações em conjunto com J. C. Martins, na época em que o mesmo tocava Piano, apresentações estas conhecidas como "Bach e Chopin" (Bachopin), e que inclusive rendeu um LP.

Dias atuais

Mesmo estando em uma situação confortável na Europa, onde já possui fama e está próximo a critica especializada, retornou ao Brasil, e está em uma turnê pelo país, chamada "Um piano pela estrada". Esta turnê possui objetivo de levar música de qualidade a todos os cantos do Brasil, em um ideal de disseminação da música clássica/erudita, afim de contribuir com a reforma cultural e, resgatando inclusive, a Música Popular (MPB) e Erudita Brasileira.

Com um piano dentro de um caminhão, que transforma-se em palco, é possível efetuar concertos com qualidade em qualquer lugar. Junto, sempre está um afinador para efetuar os devidos ajustes no instrumento, e uma equipe de suporte para montar o piano e o palco, e efetuar todas as demais tarefas por trás dos bastidores, como ajustes de luzes, som, controle de câmeras e etc.

Caminhão do projeto
O projeto já passou por mais de 300 cidades desde seu início levando música erudita de qualidade a todos.

O repertório das apresentações passa por Bach, Beethoven, Chopin,  Liszt, Villa Labos, Ernesto Nazareth, Pixinguinha,  dentre outros. Arthur empre gosta de dar uma ênfase especial aos compositores Brasileiros, já esquecidos pela população em geral, justamente para auxiliar neste processo de recontrução culturam de nosso país.


Quem quiser saber mais, acesse o site do pianista:
http://www.arthurmoreiralima.com.br

Em seu site, está publicada a Biografia completa, bem como, informações referente a sua turnê pelo Brasil.

Abaixo, uma "palhinha" do que foi o concerto.

Já aviso que as gravações foram efetuadas em um celular Xing Ling, logo, o áudio e a qualidade de vídeo não são bons, mas dá para ter uma idéia.



Bach - Jesus Alegria dos Homens




Chopin - Polonaise Op 53 (A#m)





Villa Lobos - Trenzinho caipira*  e uma de suas Cirandas





*Trenzinho Caipira: Transcrição da Toccata da Bachiana nº2 para piano

terça-feira, 12 de abril de 2011

A era Digital

Pois bem, neste post falei sobre meu primeiro piano, agora dando continuidade a este Post, irei falar sobre os próximos pianos que vim a ter.

Na realidade eu sempre quis ter um piano acústico de melhor qualidade, até mesmo um Fritz Dobbert já estava de bom tamanho, mesmo sendo um piano Brasileiro, ele é bem acabado e tem uma boa mecânica. Apenas não gosto muito da sua sonoridade, que muitas vezes é aberta e brilhante demais, com um destaque muito grande nos "médios e agudos", deixando um som estridente demais em gravações (mesmo ocasionais).


Bom, um piano acústico novo estava simplesmente fora de cogitação, pelos motivos listados abaixo:


  • 1 - Necessita de afinação e manutenção constante
  • 2 - Pesado demais pra transporte
  • 3 - Cupins (peguei trauma)
  • 4 - Não pode utilizar em determinados horários


Devido a estes fatores, resolvi correr atrás de um piano digital.


Roland A-90


Tive a experiência de tocar em um Roland A-90, instrumento este, que não podemos chamar diretamente de "piano digital", pois ele não foi consebido para ser apenas um piano, mas sim um teclado com algumas funções de sintetizador. Basicamente ele era um instrumento com 4 canais MIDI que possibilitava a edição do som e criação/mistura de som, podendo gerar timbres muito realistas, tendo um teclado sólido, com 88 teclas pesadas de piano.


O timbre de piano que tive a oportunidade de testar era magnífico, o que me fez pensar que talvez seria uma boa idéia a compra de um piano digital.



Fui atrás de um Roland A-90 para aquisição, mas estava difícil encontra-lo, sem falar que, quando achava custava na faixa dos 6000 reais, sendo que ainda haveria a necessidade de comprar amplificador e caixas de som de qualidade e um cavalete para apoia-lo por tratar-se de um piano sintetizador, voltado para uso em estúdios, bandas e etc.

As especificações dele eram muito boas, na realidade ainda são ótimas, mesmo para os padrões atuais, com um piano destes você está bem servido, principalmente pela capacidade que ele possui de modificar sons e poder carregar amostras novas.


Fênix PDP-200

Após desistir da compra de um A-90 vi em uma loja aqui da cidade um Fênix PDP-200, parecido (apenas esteticamente) a alguns modelos de pianos digitais portáteis da Yamaha, bem como lembrava um Prívia da Cassio.

Fênix PDP-200

Fui a loja e experimentei-o por alguns minutos. Tocando músicas mais simples ele me agradou, e acabei comprando-o, por 1300 reais.

Seguem as especificações (aproximadas)


  • Teclado Grand Hammer
  • Três níveis de sensibilidade
  • Saída e entrada MIDI, Line Out e saída para Phone
  • 64 vozes de polifonia


Não acompanhava banco e nem pedal, acabei comprando um pedal comum para ele, já que ele não possui suporte a ajustes de pedal e DDE (como por exemplo, utilizar a região "entre pedal" que te da um som "não tão suspenso" como com o pedal totalmente pressionado, em algumas obras de Beethoven isso pode ser muito interessante).

Com o tempo me decepcionei com o piano. Na realidade eu posso contar nos dedos as vezes que utilizei ele para estudo (talvez umas 4 ou 5 vezes, a noite, com fones), pois a sensibilidade dele não era la estas coisas (falhava bastante), e o timbre não era muito convincente.

Outro problema que encontrei com ele foi a mecânica interna. O sistema Grand Hammer, para quem não sabe, tenta imitar o efeito dos martelos em um piano de cordas. Quando você aperta uma tecla em um piano, consegue sentir a ação do martelo (êmbolo subindo e empurrando o martelo, que posteriormente retorna), o Grand Hammer do PDP-200 fazia perfeitamente isto, porém, era frágil demais. Todo construído em plástico bem vagabundo, com pequenas chapas de metal para fazer a "vez" de martelo, ele era frágil demais, e com o tempo dava defeito.

Mandei consertar este piano duas vezes, sendo que utilizava ele, em média, 1 vez por semana apenas.

Fênix TG8880, imitação dos Clavinova
Porém, o piano era razoável para seu preço. Creio que ele foi muito bom para mercado, na epoca que o comprei (por volta de 2005) os pianos digitais mais baratos (da Cassio) custavam na faixa dos 3000 reais. Talvez a entrada da Fênix neste mercado tenha sido boa, pois eles comercializaram pianos concorrentes das linhas Clavinova da Yamaha (com o mesmo formato e apresentação) por preços ligeiramente mais baixos. É claro que a qualidade também era ligeiramente inferior, mas desde quando chegam produtos chineses de qualidade ao mercado Brasileiro?

Logo, as concorrentes precisaram dar uma resposta a altura, nisto presenciamos uma queda vertiginosa nos preços de pianos da Yamaha e Cassio. Hoje, você compra um Cassio Privia PX-130 por menos de 2000 reais, sendo que um Fênix PDP-300, custa em média 1800 reais (concorrente "direto"). Não preciso nem comentar que o Cássio simplesmente esmaga, em qualidade, o Fênix, devido aos sons sampleados e demais características, principalmente no que se refere a acabamento e qualidade de materiais.


Yamaha Clavinova CLP-230

Assim, com um piano cheio de cupins, precisando de reforma, e um piano digital meia boca, resolvi novamente ir em busca de um piano para substituir o acústico, mas desta vez pegaria algo que seria minimamente decente.

Fui em busca do clássico Yamaha Clavinova.
Clavinova CLP-230
Em Porto Alegre, fui a uma loja onde possuíam no mostruário vários pianos digitais da Yamaha e da Roland.
Testei cada um deles, fiquei mais de 1 hora por la.

É claro que me apaixonei pelo modelo topo de linha da Yamaha, e um Roland (o qual não faço idéia do modelo), mas meu dinheiro não alcançaria tal compra.

Acabei optando pelo CLP-230, mas efetuei a compra em uma loja aqui da minha cidade, sob encomenda.
Na época, ele me custou 3800 reais, e foram muito bem pagos (na realidade, investidos).


Algumas características:


  • Teclado Grand Hammer 3
  • Sintetizador AWM Sampling da Yamaha
  • Saída e entrada MIDI, interface USB com PC, entrada AUX, Saída AUX/Line, duas saídas para Phone
  • 64 vozes de polifonia
  • Configurais pré-programadas de afinação e timbres
  • Suporte a ajustes de pedal


Lembro-me de ter visto meses antes um Prívia da Casio numa Multisom, em Novo Hamburgo. Testei ele um pouco e gostei, mas quando fui realmente atrás de um piano, procurei por tudo quanto é lugar e não encontrei estes pianos para testar e comparar com os Clavinova.

Não tive nenhum arrependimento (ainda) com este piano, tenho ele a aproximadamente 3 anos, e por enquanto não me deu nenhum problema.

Algumas ressalvas:

Não ache que um piano digital terá a mesma resposta que um acústico. Mesmo um modelo topo de linha tem seus limites, principalmente no quesito mecânico/expressividade. Num piano acústico, quanto mais forte você pressionar uma tecla, mais forte será o som resultante. O som somente vai parar de crescer no momento que você arrebentar uma das três coisas a seguir: A corda, o martelo ou seu dedo/mão.

Como o piano digital é criado com recursos "sintetizados"/sampleados, ele é concebido para atender algumas exigências e características, logo, ele tem seus limites, mas, novamente faço a ressalva de que muitas vezes é melhor ter um bom piano digital do que um piano acústico meia boca.

Afinação:

Piano digital não desafina. Isto é fato. Mas, preciso destacar isto, pois já levei um banho do meu piano neste quesito.


O Clavinova possui configurações de 7 tipos de afinação.

SIM, existem mais formas de afinar seu piano, que não apenas, o formato "temperado" que estamos acostumados a utilizar.

Seguem abaixo, as configurações de afinação disponíveis:

1 - Equal Temperament
2 - Pure Major
3 - Pure Minor
4 - Pythagorean
5 - Mean Tone
6 - Werckmeister
7 - Kirnsberger
Portanto, cuidado ao fuçar pelas funções do piano, pois eu fiquei alguns dias achando que estava louco ao parecer que o piano estava desafinado, e na realidade, ele estava apenas no modo "Pure Minor", onde uma 5ª maior pode parecer "desafinada" ao ouvido de quem está acostumado com a afinação temperada.

domingo, 10 de abril de 2011

Nova Gravação

Concluí o estudo do primeiro movimento da Sonata n° 20 de Beethoven Op 49 n2.

Quem quiser conferir, pode efetuar o download na área de Downloads - Gravações.

Provavelmente ainda irei regrava-la quando for gravar o seu segundo movimento, pois ainda tem algumas coisas para serem corrigidas.

sábado, 9 de abril de 2011

Gravação substituída

Substituí a gravação "Cinq. Mazurka - Op7 n1" de Chopin por uma nova interpretação melhor acabada.

A nova gravação pode ser encontrada na seção de Downloads - Gravações.

Nova orientadora

Em 2005, quando sai do instituto, fui indicado a procurar a professora Iara Rick, em Novo Hamburgo, pois seria uma alternativa ao professor Pablo, indicado pelo Jessé, que devido a dar aulas apenas em Porto Alegre e ser professor de nível universitário, tornar-se-ia muito caro para mim.

De acordo com a pessoa que indicou, esta professora orientou dezenas de alunos que posteriormente ingressaram no bacharelado em música, performance ao piano, na UFRGS, isto acabou trazendo um interesse a mais da minha parte, e fomos até sua escola de música para ver como era.

O local situa-se em uma residência com os espaços adaptados, a maior parte dos alunos são jovens e crianças, tendo material didático voltado a ambos os públicos e salas adaptadas, principalmente para crianças.

Nesta escola são dadas aulas para diversos instrumentos, como guitarra, flauta transversal, violino, viola, percussão, técnica vocal, e inclusive acordeon/gaita. Lembro-me inclusive de ter re-encontrado um professor de violino do Instituto Nilson Meireles Prestes na escola Iara Rick, que ali estava trabalhando dando aulas de violino. A quantidade de professores era relativamente grande para o tamanho do local, mas é claro que as aulas não ocorriam todas ao mesmo tempo.

O Ingresso a escola

Marquei uma hora para falar com a professora Iara, e logo na próxima semana estava indo a escola de música com meus materiais, pois ela queria escutar-me antes de iniciar qualquer atividade, para saber a qual professor direcionar.

A professora Iara normalmente orientava alunos mais desenvolvidos, ficando a cargo de outra professora a iniciação musical, salvo, quando o aluno (iniciante) não conseguia organizar seus horários.

Ainda lembro-me de parte do meu repertório na época:

Mozart:

  • Sonata Facile (completa)

Beethoven:

  • Sonata n1, Op 2 n1 (primeiro movimento)
  • Sonata n10, Op14 n1 (primeiro movimento e parte do segundo)
  • Sonata n9, Op13 (primeiro movimento)

Chopin:

  • Grande Valsa Brilhante
  • Valsa Op 69n 1 (do Adeus)
  • Fantasie Impromptu, Op 66


A professora teria ficando impressionada com o estado de acabamento das obras, e o nível de dificuldade das mesmas frente aos 4 anos que estava estudando, e marcou o inicio de meu acompanhamento logo para a próxima semana.

Nesta época, eu ainda tinha a idéia de cursar música na UFRGS, porém, tentando conciliar junto com a  Engenharia, logo, o estudo foi direcionado as provas práticas para ingresso no bacharelado de música.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Invenções de Bach

Bach, como todos sabem, foi o gênio que popularizou o sistema tonal temperado.

Este grande gênio da música, criou "um" livro, chamado "O Cravo bem temperado" (Well-Temperd clavier) que possui um preludio e fuga para cada tonalidade existente. Todos bem acabados e construídos, demonstrando a viabilidade do uso do sistema tonal, mas isto é história para outro post.

As Invenções

Elas foram compostas para auxiliar no ensino de seus alunos. Nesta época não existiam muitos exercícios compostos, então Bach tratou de compor uma série de pequenas músicas, as quais deu o nome de Inventio, a duas vozes, e de Sinfonia, para as suas invenções a 3 vozes.

Estas obras, junto aos Prelúdios e Fugas do CBT (Cravo bem Temperado) demonstram a maturidade deste sistema tonal. Todas as invenções de Bach possuem grandes carcterísticas em comum, como o caráter acendente de seus temas, o que indica que foram compostas em um mesmo período para um propósito único.

Elas foram concebidas para auxiliar no desenvolvimento técnico e na independência entre as duas mãos. Aumentando assim a dificuldade gradualmente, e inserindo uma terceira voz nas Sinfonias. A grande maioria dos professores de piano continuam a desenvolver estas obras com seus alunos, pois acabam por servir como uma "iniciação" as obras contraponteadas, facilitando assim o posterior estudo do CBT ou mesmo de outras obras de período Barroco, principalmente.

Estrutura

Uma invenção possui uma estrutura relativamente simples. Basicamente o tema é esposto na primeira voz e em seqüência, na segunda vos em sua tonalidade original (tônica), posteriormente ele é re-exposto noutra tonalidade, sendo precedido por um desenvolvimento que deverá culminar na relativa menor da tonalidade da obra, onde ocorre a re-exposição do tema nesta tonalidade (relativa menor), posteriormente o desenvolvimento segue, dando continuidade a seqüência de modulações, finalizando a obra em sua tônica.


Inventio 1



Em vermelho, podemos ver o tema sendo exposto na primeira voz, em sua tonalidade original (Dó Maior),  e na segunda voz, posteriormente, o tema é re-exposto em  Sol Maior, após esta re-exposição da-se início a uma série de modulações, a qual chamamos de desenvolvimento (destacado em verde no exemplo)

Este exemplo acima é apenas uma parte da análise de uma invenção, o desenvolvimento tende a continuar até que, através de uma seqüência de modulações, chega-se a relativa menor da tonalidade da obra (neste caso, Lá Menor). Após a exposição do tema na relativa menor as modulações continuam, finalizando a obra em Dó Maior.


Quem quiser aprofundar-se mais acerca das Invenções de Bach, sugiro a leitura do excelente artigo abaixo:
http://www.music.qub.ac.uk/~tomita/essay/inventions.html

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Aviso: Apresentação do Coral São Paulo

Neste domingo, dia 10 de abril, ocorrerá a primeira participação do Coral da Comunidade Evangélica Luterana São Paulo, durante o culto que tem inicio as 09:00 horas da manhã.

Nesta primeira participação,, será apresentado a obra "Salmo 142" (Salmo 142 musicado), com acompanhamento de Josias D. Martins ao piano/teclado.

domingo, 3 de abril de 2011

Gravações

Apesar do tempo apertado, consegui gravar pelo menos uma obra.

Concluí o estudo da Invenção n° 1 de J. S. Bach, e efetuei a gravação da mesma, e já encontra-se na área de Dowloads - Gravações.

Em breve devo gravar o primeiro movimento da Sonata de Beethoven, que encontra-se pronta.