Gravações - Repertório

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quarta-feira, 3 de julho de 2013

História e uma breve análise da "Fantasie-Impromptu" (Op66) de Chopin


Manuscrito original - Fantasie-Impromptu



A obra foi composta por volta de 1834, tendo sido entregue a Julian Fontana, compositor e grande amigo de Chopin. Na ocasião, Chopin solicitou a Fontana que a obra não fosse publicada, fato que ocorreu apenas após a morte do compositor, a pedido de sua família.
F. F. Chopin

Infelizmente pouco sabe-se a respeito da obra, principalmente por esta não ter sido publicada no ano de sua composição, desta forma não existindo quaisquer registros diretos sobre a obra. As poucas informações existentes foram encontradas em cartas. Uma das teorias mais aceitas é a de que Chopin teria desistido da publicação devido a uma semelhança não intencional com o Impromptu em mi bemol maior de Ignaz Moscheles. Outra possibilidade, é que esta obra teria sido originalmente vendida a uma baronesa, que simplesmente queria tê-la como propriedade exclusiva.



Uma breve análise da obra

Uma das maiores dificuldades desta peça reside nos ritmos alternados presente entre as mãos, sendo a mão esquerda formada por colcheias enquanto a mão direita executa tercinas e semicolcheias.
Inicialmente, temos uma melodia com movimento ininterrupto, em um compasso binário com um andamento allegro agitato.

Ritmos alternados, tercinas x colcheias


 A grande dificuldade na primeira parte desta obra reside em manter a leveza e suavidade, aumentando gradualmente a tensão da obra devido as mudanças de tonalidade. Um cuidado especial deve ser dado ao segundo tema apresentado, que precisa soar marcado.

"Segundo tema" exposto assinalado, deve ser salientado

Também deve ser dado uma atenção especial a cadência que resolve a primeira parte da obra. Esta candência leva a peça para um compasso largo, na tonalidade de ré bemol maior, que introduzirá uma fantasia em um andamento moderato cantabile.

Cadência que introduz a fantasia


Esta parte da obra (a fantasia) utiliza fragmentos e ideias dos temas já expostos na primeira parte, apresentando-os sob uma ótica mais doce e calma, sem o devaneio apresentado inicialmente, indicando-lhes uma breve resolução.

Inicio da fantasia - Moderato cantabile


O final desta fantasia mostra-se abrupto, sem uma resolução, denotando um tom sombrio e retornando ao devaneio inicial. A tonalidade volta a dó sustenido menor com andamento allegro agitato, porém, ao final da grande cadência, temos semicolcheias na mão direita e o mesmo tema utilizado durante a fantasia é executado pela mão esquerda, desta vez dobrado e mais marcado, encaminhando a obra para uma resolução com um acorde de dó sustenido maior.



2 comentários:

  1. Obra de difícil execução . Entretanto é uma das mais populares entre as obras de Chopin e não há pianista que não sonha executá-la.

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  2. Como pode alguém criar algo tão lindo como essa música?! Uma das minhas preferidas.

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