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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Pianos Digitais - Parte 2 - Sampler

Dando continuidade a sequência de artigos sobre pianos digitais, neste post irei abordar como funciona, e o que é um Sampler.

No artigo anterior, falamos sobre Sintetizadores de Som, e como eles funcionam. É importante saber alguns destes detalhes, na hora de escolher o instrumento, pois isto faz toda a diferença na qualidade final do som que você irá ouvir ao pressionar uma tecla.

Recapitulando:

Existem duas formas básicas para gerar som a saber: Sintetizando, e com Amostras, através de um Sampler.

O som sintetizado é gerado diretamente via Hardware, por um processador de som, totalmente digital. Sendo assim, o sintetizador cria sons com base em modelos computacionais e equações que descrevem um determinado tipo de som. E este, por sua vez, acaba sendo apenas uma aproximação do som real do instrumento que está sintetizando.


Amostragem de Som e o Sampler

Um sampler, já é o contrário do sintetizador. Enquanto o sintetizador gera os sons com base em equações, o sampler irá gerar este som com base em amostras de instrumentos reais.

Neste caso, são gravadas amostras de som, de cada nota do piano. As amostras são tratadas e selecionadas, para depois serem utilizadas em um hardware especificamente projetado para esta tarefa.

Estas amostras devem possuir características especificas. Pianos digitais topo de linha e mais modernos, possuem ao menos 10 amostras de som por tecla/nota. Cada amostra define uma dinâmica ou estado diferente da nota.

Por exemplo:


  • Amostra 1 - Pressiona-se uma tecla, gerando um som "PPP" (pianíssimo) com pedal de sustein solto
  • Amostra 2 - Pressiona-se uma tecla, gerando um som "PPP" (pianíssimo) com pedal de sustein pressionado


Ambas as amostras são capturadas até que o som seja "estinguido" por conta própria.

A primeira amostra, é a amostra básica. Nesta, deve soar apenas a nota em questão, pois as demais estão presas.
Na segunda amostra, teremos capturados juntos os harmônicos do piano. A Yamaha chama esta amostra de DDE.

Pois bem, então temos uma amostra para cada dinâmica básica (PPP, PP, P, F, FF e FFF) e mais o DDE, nos pianos topo de linha, chegando assim a 12 amostras, no total.

Existem ainda as dinâmicas intermediárias, como o mF (Mezzo Forte), por exemplo, e toda a infinidade de possibilidade dinâmicas quando vocês está executando/interpretando um crescendo em um trecho de uma obra.

Estas dinâmicas, por sua vez, são geradas através de interpolação.

A interpolação, é feita com equações matemáticas, e serve para que você consiga encontrar um determinado valor que você não possui, dentro de uma sequência numérica.

Por exemplo:

Você possui a sequência numérica: 1, 2, 3, 4, 6, 7, 8, 9, 10
Uma interpolação simples, diria que entre o 4 e o 6, teríamos o número 5.

Existem diversas equações para interpolação. Não vou entrar em detalhes, pois isto é coisa para cadeiras de Cálculo Numérico, visto em cursos superiores. Mas quem quiser saber a respeito, pode ler o artigo da Wikipedia sobre interpolação.

A idéia aqui é simples. Ao precionar a tecla mais forte, você teria mais intencidade nas vibrações das cordas. Digamos que você precione a tecla para algo que seria um Mezzo Forte. Não existe amostra para um Mezzo Forte, mas existe para o Piano e o Forte. Neste caso, o processador de som irá efetuar uma interpolação de todas as frequências para gerar o Mezzo Forte (som resultante).

Softwares

Existem ainda, Samplers via Software, que você pode utilizar em seu computador.
VSampler. Software Sampler para PC
Um deles, que eu já utilizei no Linux, é o linux-sampler. Estes software utilizam amostras, que você pode comprar ou fazer download na internet, para gerar áudio. Neste caso, você pode executar um MIDI através do Software, ou mesmo utilizar as entradas MIDI para processar em tempo real os sinais MIDI enviados por um console (piano digital).

Amostras de alta fidelidade, podem chegar a mais de 1GB. Sendo relativamente pesadas para serem processadas. Por isto, normalmente equipamentos topo de linha que atuam somente como Samplers, são caros.

Sampler e a fidelidade.

Devido ao sampler utilizar-se de amostras de som, podemos dizer que ele passa a ser tão fiel quanto um piano acústico de verdade, ou quanto os microfones utilizados na captura das amostras permitirem.

É claro que a qualidade do som, e a fidelidade irá mudar de instrumento para instrumento, e principalmente, conforme o número de amostras que ele possui para processar o som. Quanto mais amostras, mais fiel será o som, e maior a amplitude dinâmica do instrumento.


Anterior: Pianos Digitais - Parte 1 - Sintetizador de Som
Próxima parte: Pianos Digitais - Parte 3 - Polifonia, pedal, DDE e Harmônicos

4 comentários:

  1. josias tenho um p95 yamaha .é possivel utilizar sons sampleado ?via mid utilizando o programa kontak pois o meu pc nao reconhece o piano

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    1. Funciona sim Michel. Voce precisa baixar o Drive do yamaha p95 no site da yamaha.

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  2. Olá, Muito bem explicado todo conteúdo! Parabéns!
    Minha pergunta é similar a do Michel, só que no meu caso é um piano NP-12 piaggero da yamaha! é possível usa-lo como controlador?

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  3. Olá, Muito bem explicado todo conteúdo! Parabéns!
    Minha pergunta é similar a do Michel, só que no meu caso é um piano NP-12 piaggero da yamaha! é possível usa-lo como controlador?

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