Gravações - Repertório

As obras abaixo estão prontas e disponíveis para apresentações, concertos e recitais.


Nem todas as gravações foram atualizadas, portanto, algumas obras já possuem uma interpretação mais apurada.






Maiores informações, no Link Repertório e Downloads/Gravações

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Recital no Museu Scheffel

Em minha cidade, o sonho de qualquer aspirante a músico no ramo erudito é fazer um recital/concerto solo no Museu Scheffel.
Museu de artes Scheffel - N. Hamburgo

O Museu Scheffel, que faz parte da Fundação Ernesto Frederico Scheffel, é o palco dos concertos mais importantes da cidade, pianistas internacionais e músicos renomados já subiram neste palco.

Lembro-me que no inicio de meus estudos, por volta de 2002, assisti a um concerto da Pianista Olinda Alessandrini. Sem palavras para a destresa com a qual ela executara várias obras de Heitor Villa Lobos, pensei comigo mesmo: "Algum dia quero tocar neste palco".

O momento chegou em 2005.

Infelizmente, nesta época não estava mais no Instituto dos Meninos Cantores de Novo Hamburgo, devido a vários problemas internos, eles estavam com dificuldades, o que fez com que a maioria dos bons professores saíssem do local (como comentado neste post), e meu professor foi um deles.
Reportagem no Jornal NH
sobre o Recital no Museu Scheffel

Acabei indo parar na escola da Professora Iara Rick. Cheio de vontade, sonhos e esperanças, a professora marcou uma audição, para escutar-me e ver como estava.

Lembro-me até hoje, quando mostrei-lhe que estava estudando piano a pouco mais de 4 anos, e executei a Op 66 (Fantasia Improviso) de Chopin, uma parte do Op 10 n° 12, que estava em estudo, sem errar uma nota sequer. Fui aceito na escola, e logo na outra semana a professora quis preparar um repertório para levar a concerto (mais detalhes aqui).

O repertório escolhido foi um tanto seguro, apenas duas obras exigiam um nível técnico maior, sendo elas a Op 66 de Chopin e o primeiro movimento da Sonata nº 10 de Beethoven, que havia sido preparada para as provas da UFRGS. Esta última, ainda na época do Professor Jessé.

Ainda, ao final deste recital, executei uma composição própria, um estudo, voltado a agilidade de cromáticas, escalas com terças e quintas e arpeggios.

Como havia comentado em um post anterior, sempre tive uma certa dificuldade com a leitura, o que fez com que criasse uma série de estudos técnicos, desta forma não precisaria gastar tanto tempo com a leitura.

Um deles foi executado neste recital. Infelizmente não cheguei a criar partitura para estas obras, mas ainda devo possuir uma gravação simples (feita com meu piano acústico) escondida nas profundezas do meu HD ou em algum Backup.



Surpresas da vida.


Como de costume, fazemos sempre um ensaio no piano da sala de concerto algumas horas antes da apresentação, afim de perceber o desempenho do instrumento e adaptar a técnica para o mesmo.

Durante o ensaio, um jovem estava circulando pelo museu, observando as belas pinturas de Ernesto Frederico Scheffel, acreditei que fosse apenas um visitante, que entrara no museu para apreciar a arte, algo comum pois o museu faz parte da rota turística da cidade, estando no centro histórico de Novo Hamburgo.

Ao final do concerto, me deparo com a mesma pessoa. Tratava-se de um jovem artista, que estava analisando e estudando as obras de Scheffel, e que ao escutar-me durante a tarde, resolveu assistir ao concerto a noite.

O que marcou-me, foi que ele gostou muito da interpretação da Grande Valsa Brilhante de Chopin, tendo dito que a mesma ficou muito viva. Também tendo elogiado o toque ao piano, como sendo forte, preciso, e suave quando necessário. Infelizmente minha memória não é mais tão boa como já foi, então não consigo lembrar-me exatamente as palavras ditas.

O mais interessante, que a mesma interpretação que ele achou ótima, foi a aquela que minha orientadora mais detestou. Fiquei escutando sermões por quase um mês devido a minha "traquinagem".



A traquinagem


Como falei anteriormente, para minha orientadora eu "passei dos limites" com minha interpretação da Grande Valsa Brilhante de Chopin.

Basicamente, sempre fui meio impetuoso e enérgico em minhas interpretações, confesso que muitas vezes, no calor do momento exagero, mas sempre tento imprimir minha identidade na interpretação, mantendo-me dentro daquilo a que a peça se propõe.

Porém, minha professora vinha a quase um mês tentando fazer com que a peça ficasse semelhante a tantas outras interpretações, ao meu ver, um tanto apagada para ser uma "Valsa Brilhante" (é claro, o título brilhante refere-se mais a a tonalidade do que a forma de toca-la).

A "traquinagem", basicamente, ocorreu da seguinte forma: Para que minha orientadora não ficasse me "apurrinhando" a paciência, eu fiz exatamente aquilo que ela queria, detalhe, apenas durante os ensaios.

Bom, deu certo, as pessoas gostaram da interpretação, infelizmente minha orientadora não.



Algumas fotos, em Slideshow abaixo:


Um comentário:

  1. preciso de um quadro comparativo de scheffel e leonardo da vinci podem me ajudar; adorei a historia parabEns

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