Gravações - Repertório

As obras abaixo estão prontas e disponíveis para apresentações, concertos e recitais.


Nem todas as gravações foram atualizadas, portanto, algumas obras já possuem uma interpretação mais apurada.






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quinta-feira, 31 de março de 2011

A Crise do Instituto

Em 2004, o Instituto dos Meninos Cantores de Novo Hamburgo tinha a ambição e o sonho de tornar-se um instituto de música completo. Nasce então o Instituto Nilson Meireles Prestes, junto ao Instituto dos Meninos Cantores de Novo Hamburgo.

A frente do projeto estava o professor e violinista Mauro, que atuou por muitos anos na Orquestra da Unisinos. As coisas começaram muito bem, muitos alunos novos ingressaram em busca dos bons professores que ali estavam, e as aulas de violino, piano, flauta, trompete, tuba e alguns outros instrumentos, tiveram inicio/continuidade. A idéia era que em pouco tempo fosse possível iniciar uma orquestra Jovem completa.

O Coro também foi totalmente remodelado, sendo separado em partes, agora existia coro infantil, infanto-juvenil e jovem, além do tradicional coro apenas de meninos, já famoso na cidade e em todo o país.

Posteriormente, surgiu também um grupo coral de pais, abrindo a possibilidade para um grupo coral de idosos. Este último eu não me lembro se chegou a existir.

Neste ponto, comecei a ter aulas de teoria musical mais direcionadas, com composição e arranjamento em pauta. Também recebi a incumbência de acompanhar o coro principal, algo totalmente novo para mim, e que infelizmente não consegui pegar bem o jeito.

As Reformas

Para que tudo isto pudesse funcionar e ser bem sustentado, ocorreram diversas reformas no instituto. Os 3 pianos acústicos que o instituto possuía foram vendidos afim de custear as reformas. Ao meu ver, esta foi uma decisão ruim.

Lembro-me que o instituto possuía dois pianos Fritz Dobbert, e um piano Schiedmeyer. Este último precisava de reformas, mas era o piano com a melhor sonoridade do instituto, bem como mecânica, precisando apenas de uma reforma no seu móvel.

Infelizmente, todos, sem excessão, foram vendidos. Isto veio a causar problemas para o ensino de piano, pois como ter aulas sem um piano? Bom, a resposta veio, e inicialmente ficamos esperançosos, e seu nome era "Clavinova".

Coloquei entre aspas, pois infelizmente não tratava-se de um Yamaha Clavinova, mas sim de uma imitação. Um Fênix, se bem me lembro, o TG8880 que imita esteticamente um Clavinova da Yamaha.

O piano não é de todo ruim, custa na faixa de 3800 reais, porém ele leva um "coro" de um Yamaha Clavinova CLP230 (linha mais barata) que pode ser encontrado na faixa dos 4000 reais (hoje, o modelo inicial vendido é o CLP330).


O "fim"

Nesta faze, tive aulas no instituto por mais 1 ano, até meados de 2005 com o professor Jessé, quando devido a vários problemas, muitos professores deixaram o instituto, inclusive ele e o professor Mauro, que dera o "pontapé" inicial no abertura do instituto Nilson Meireles Prestes.

Ao que se sabe, ocorreram diversos problemas internos entre a direção. A história não ficou bem explicada, alguns dizem que o professor Mauro (por trás do projeto) e a Direção desentenderam-se quanto aos objetivos do instituto, mas creio que isto possa ser apenas uma das razões para os problemas, pois sabe-se que na época existia uma certa dificuldade em se conseguir fundos por parte da Secretaria de Cultura da cidade (isto sempre foi complicado, diga-se de passagem).

Somando a dificuldade em conseguir patrocínio por parte de empresas da região, problemas para conseguir verba da Secretaria de Cultura e mais alguns desencontros da direção, o instituto entrou em crise, tendo muitas das suas atividades suspensas.

Ainda fiquei no instituto mais alguns meses, sendo orientado por outra professora, que dera aula para o Jessé a muitos anos atrás, porém não sei se foi alguma negligência minha ou mesmo o momento, mas o desenvolvimento técnico ficou um pouco estagnado e a evolução mostrou-se muito lenta, desta forma acabei por sair do instituto.

A partir deste ponto não acompanhei mais o andamento das coisas por la. Ouvi falar que o instituto mudou de lugar e permaneceu apenas com o Coro de meninos, sem as demais aulas de instrumentos e atividades, o que é uma pena, pois tinha muito futuro e o trabalho que estava sendo desenvolvido vinha rendendo frutos.

Infelizmente, a iniciativa privada não patrocinava e apoiava este tipo de trabalho com freqüência na época (hoje é mais comum). Para que ele realmente funcionasse, somente com cobrança de mensalidades relativamente caras como muitos Institutos de Música de qualidade o fazem, pois profissionais bons são caros, e o estado normalmente não destina verba para este tipo de coisa. (mal destina para as escolas, o que diria para o ensino de música)

Lembrando que, a iniciativa privada apóia muitos grupos e trabalhos de musicalização para pessoas carentes, um exemplo é o trabalho do Maestro João Carlos Martins nas favelas. Muitos outros trabalhos do tipo também ocorrem, e as empresas que patrocinam, além de terem retorno em publicidade indireta, deduzem estes valores no IR pago a cada ano, entrando assim como filantropia.

Um comentário:

  1. Também fui menino cantor. Infelizmente com a morte do magnífico e inesquecível Mestre Nilson Meireles Prestes, o Instituto também morreu; pois o Nilson era a alma do Instituo. Mas quem conviveu com ele, certamente em algum momento da vida seguirá o exemplo que ele nos deixou! Beijo a ti, Nilson de um de seus admiradores e discípulo menor. Poeta Austríaco

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